Eugenio Garin procura mostrar como um tipo de cultura estreitamente relacionado originalmente às cidades italianas do início da Época Moderna acaba por se constituir uma das precondições para a renovação da ciência e do pensamento científico, trazendo uma nova concepção das relações entre o homem e as coisas, universalizando assim o que parecia específico e localizado.
Autor deste livro.
Com o título de "A doutrina aristotélica da ciência" este livro foi tese de doutoramento, defendida na Universidade de São Paulo em 1967, logo tornado um clássico entre os especialistas. Ao estudar os Segundos Analíticos, obra reconhecidamente difícil de Aristóteles, Oswaldo Porchat Pereira mostra inicialmente a coerência interna da teoria da ciência tal como exposta no Livro I daquele tratado contra aqueles que nela viam principalmente ambigüidades e hesitações. Demonstra, em seguida, como o Livro II é o complemento indispensável do primeiro, em vez de se contrapor a ele ou de corrigi-lo, como geralmente se pretendia. Por fim, acentua a complementaridade entre a teoria analítica da ciência e a dialética aristotélica, colocando-se, assim, na contracorrente dos estudiosos que insistem em postular oposições desnecessárias entre a teoria e a prática da ciência no filósofo grego.
Professor de Filosofia do College de France, Granger apresenta as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Destinado ao público não-especializado, o filósofo francês fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não-relativista da evolução das verdades científicas. O resultado é uma obra capaz de deixar evidente a atualidade do programa do racionalismo moderno.
Analisando aspectos da luta que os primeiros cientistas modernos travaram contra o misticismo, o ocultismo e o orientalismo, esta obra oferece excelente oportunidade para uma ampla reflexão sobre este movimento que abalou as formas de pensar dos séculos XV e XVI, além das interpretações inovadoras de aspectos científicos do trabalho desses pioneiros.
Instigante pensador da Filosofia da Ciência, Paul Feyerabend traz nesta obra mais reflexões sobre o saber científico. Aqui ele apresenta de forma mais contundente sua crítica a respeito da presença do racionalismo na evolução da ciência. O racionalismo é uma corrente que se baseia na ideia de que a razão, o raciocínio lógico, comanda as decisões da mente. Para o autor, entretanto, esta não seria a única forma de pensamento capaz de produzir o conhecimento científico. Ele argumenta que os grandes momentos da Ciência moderna não estão totalmente fundados na razão.
Os textos presentes no livro formam um dossiê sobre as relações entre a ciência da Natureza e a revelação bíblica, interpretada dentro da tradição católica no contexto do século XVII. Tratam-se de quatro cartas e três anotações, todas de Galileu, às quais foram acrescentados a carta do cardeal Belarmino ao Pe. Paolo Foscarini e o decreto de suspensão, isto é, de proibição até que fossem corrigidas, das Revoluções dos orbes celestes pela Congregação do Índice.