CEM ANOS DE POLÍTICA PÚBLICA NO BRASIL
Esta obra, composta por três volumes, é resultado de 17 anos de pesquisas e estudos, coordenados pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, realizados na Universidade de São Paulo. Reunindo documentação inédita e uma análise original, constitui a mais ampla e completa publicação sobre habitação social já realizada no país.
No primeiro Volume, Bonduki narra e analisa a história da produção pública de habitação no Brasil do começo do século XX aos dias de hoje, onde ele tece uma crítica ao papel dos órgãos públicos criados ao longo dos últimos cem anos para gerir um dos mais graves problemas da atualidade nas cidades brasileiras.
No segundo Volume, Nabil Bonduki e Ana Paula Koury organizaram um inventário completo dos empreendimentos de habitação social na Era Vargas. São documentados 325 conjuntos residenciais construídos em 81 municípios e 24 estados entre 1930 e 1964, apresentando farta e inédita documentação gráfica e fotográfica.
No terceiro Volume, onze projetos significativos de arquitetos que se dedicaram para a questão da habitação social são analisados em profundidade pela equipe de pesquisadores coordenados por Bonduki. Os novos modos de morar propostos para o Brasil moderno são apresentados em textos cativantes, que dialogam com modelos eletrônicos que reconstituíram os projetos originais e com um ensaio fotográfico realizado especialmente para a coletânea por Bob Wolfenson.
A obra estabelece uma periodização das políticas públicas voltadas para a habitação social e aprofunda o estudo sobre a Era Vargas, momento em que moradia passou a ser considerada uma questão social, no âmbito da formação do Brasil urbano-industrial. E analisa as medidas governamentais que definiram o perfil da política pública para o setor, quando foram regulados os aluguéis, estabelecidas condições para uma forte expansão urbana periférica e instituídos o financiamento e a produção de habitação social por entidades públicas.
Em paralelo à evolução da política pública habitacional, são estudados os arquitetos que, apesar das limitações impostas, voltaram-se à qualidade arquitetônica e urbanística dos projetos habitacionais, deixando um legado de grande atualidade:“Processos de produção industrializada, heterogeneidade de tipologias habitacionais, diversidade arquitetônica, adequada inserção urbana e valorização dos espaços públicos foram desenvolvidas nos empreendimentos realizados no período”, escreve Nicolau Sevcenko na orelha do Volume 1, referindo-se a conjuntos habitacionais projetados por profissionais como Carlos Frederico Ferreira, Attilio Corrêa Lima, Eduardo Kneese de Mello, Carmen Portinho e Affonso Eduardo Reidy.
Hoje, de acordo com Bonduki, após um século de políticas públicas habitacionais, completado em 2012, o Brasil alcançou condições para garantir o direito à moradia digna para toda a população, desde que se enfrente o patrimonialismo e uma visão estreita que insiste em produzir moradias sem construir cidades. O poder público ainda não enfrentou de maneira consistente e articulada o problema urbano e fundiário, nem se preocupa com a qualidade dos projetos e a inserção urbana dos empreendimentos, questões que nortearam os projetos criados entre 1930 e 1964, mas caíram em desuso a partir do golpe militar e da instituição do Banco Nacional de Habitação (BNH).
“Muitos dos planos urbanísticos concebidos [naquele período] são exemplos que merecem ser observados com cuidado no momento em que se procura programar no país uma produção maciça de habitação”, escreve Bonduki, pontuando que se busca, aqui, contribuir, “modestamente”, para uma correção de rumos da atual política habitacional brasileira.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Esta obra, composta por três volumes, é resultado de 17 anos de pesquisas e estudos, coordenados pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, realizados na Universidade de São Paulo. Reunindo documentação inédita e uma análise original, constitui a mais ampla e completa publicação sobre habitação social já realizada no país.
Esta obra, composta por três volumes, é resultado de 17 anos de pesquisas e estudos, coordenados pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, realizados na Universidade de São Paulo. Reunindo documentação inédita e uma análise original, constitui a mais ampla e completa publicação sobre habitação social já realizada no país.
O presente livro realiza um estudo comparativo das residências entre dois paises da América Latina, os centros históricos de Cusco no Peru e Ouro Preto no Brasil, ambos reconhecidos como Patrimônio Nacional e como Patrimônio Cultural da Humanidade, geograficamente situados em região montanhosa, importantes centros de comércio, serviços e turismo. Os objetivos traçados são: mostrar os processos de formação dos espaços urbanos e caracterizar a arquitetura residencial nos centros históricos de Cusco e Ouro Preto, analisar a relação dos moradores, de suas residências e a análise comparativa das residências nos centros históricos de Cusco e Ouro Preto e, propor uma reflexão sobre os critérios para a reabilitação da residência como instrumento de salvaguarda desses centros históricos.
As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
Reúne cinco textos sobre o arquiteto, urbanista e historiador de arquitetura João Walter Toscano. Inclui fotografias e desenhos de 19 projetos por ele assinados, além de resumo biográfico, cronologia de obras e projetos, e bibliografia selecionada.