O volume intitulado Entre Cabral e Drummond inclui os ensaios “Drummond e Cabral: pedras no caminho” e “Como ler a poesia de Carlos Drummond de Andrade. No primeiro texto, Sant’Anna estuda de forma original a complexa relação edipiana entre Cabral e Drummond. Analisa o conceito de “família literária”de Cabral, a questão da “epifania” em Drummond e Bandeira, e mostra como a leitura que Cabral fez de Miró foi equivocada, constituindo-se em uma projeção da poesia que ele, Cabral, faria futuramente.
O segundo ensaio é uma “leitura em progresso”. O autor retoma a sua premiada tese “Drummond o gauche no tempo” e estabelece uma comparação com outras análises da poesia de Drummond. Como se sabe, o poeta disse várias vezes que Sant’Anna o havia “desparafusado” e recomendava o trabalho como modelo de análise se sua obra.
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No volume Trajetória poética e ensaios o leitor encontrará dois textos. O primeiro (“50 Anos da poesia e/ou as ilusões perdidas”) mostra o percurso poético de Sant’Anna pelos movimentos marcantes da poesia brasileira do período. Atuando em várias frentes ele faz a crítica aos movimentos utópicos dos anos 1950 e 1960, divididos entre as vanguardas e a poesia social. O segundo ensaio, “Travessia crítica”, é uma radiografia do que foi sua experiência dentro e fora da universidade, onde deixou marcas notáveis. Destacam-se nesse caso assuntos como o significado da estilística, do estruturalismo, da psicanálise, da teoria da carnavalizacão até seus ensaios inovadores sobre o Barroco e arte contemporânea.
O livro Experiência crítica reflete a experiência do autor como crítico da revista Veja durante cerca de dois anos, no começo dos anos 1970. Na revista, ele tentou harmonizar a linguagem universitária e a resenha de jornal. A introdução ao livro é um interessante e histórico depoimento. Suas críticas também formam um painel de uma nova geração de ficcionistas (Roberto Drummond, Sérgio Sant’Anna, Antônio Torres), poetas (João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos) e ensaistas que surgiam dentro e fora da universidade naquela década.
O jovem professor de teologia Albert Schweitzer interrompeu sua carreira acadêmica no ano de 1905, aos 30 anos, estudou medicina e embarcou em 1913 para a África com o intuito de construir um posto médico a serviço da Sociedade da Missão francesa na selva equatorial. Em 1920 publicou seu famoso relato, Entre a Água e a Selva. Albert Schweitzer descreve suas experiências fascinantes na África aparentemente intocada, a construção de um hospital às margens do rio Ogouué e seu crescente respeito pelos povos aborígenes. A ajuda médica foi para ele uma forma de expiação - entre outros pelas muitas dores que os europeus impingiram aos africanos. Entre a Água e a Selva, um best-seller em sua época, ainda hoje é um dos livros mais vendidos de Albert Schweitzer.
Nesta obra, em que analisa como Antonio Candido teorizou o problema da representação da realidade na literatura, Anita Martins Rodrigues de Moraes levanta uma questão fulcral: como abordar as contribuições do intelectual nos estudos literários tendo em conta a presença, em sua obra, de premissas evolucionistas criticadas, ou mesmo superadas, no âmbito das ciências sociais?
Este livro é resultado de uma pesquisa sobre a poesia lírica de Arquíloco, poeta grego do século VII a.C. Orientado por uma metodologia segura e atualizada, são destacados alguns aspectos filosóficos como, por exemplo, a "descoberta do indivíduo" e a "efemeridade humana", acompanhados por um estudo sobre a figura do guerreiro arcaico, armas táticas, narrativas marciais e metáforas de guerra. Trata-se de uma obra interdisciplinar que enfoca aspectos da filosofia e da história clássicas, ao lado dos da literatura.