Os 14 ensaios que constituem esta obra, a 12ª da série Pequenos escritos políticos, contribuem para o reconhecimento de Jürgen Habermas como intelectual público no Brasil. No país, a maior parte de suas análises da conjuntura social e política e avaliações sobre o estado da democracia na Europa ou no mundo permanecem praticamente desconhecidas do público, principalmente por estarem disponíveis apenas em alemão.
Na série, o filósofo se debruça sobre a última meia década da história da mentalidade alemã, ao “fixar-se” sobre a cena nacional, quer da antiga, quer da expandida República Federal Alemã. E sua área de abrangência amplia-se enquanto se desencadeiam eventos como o atentado de 11 de setembro de 2001, a Guerra no Iraque e a divisão do Ocidente, que se refletem sobre a autocompreensão nacional em meio a questões relativas à nova ordem mundial e à unificação europeia.
Os assuntos europeus continuam presentes neste volume. Agora, escreve Habermas, porque “a crise dos bancos e das dívidas públicas, que repercute na economia real, desafia a Alemanha a dar um passo qualitativamente novo rumo a um Núcleo Europeu politicamente unido”.
O tema é aqui complementado por artigos que vão além do momento atual. Os três primeiros textos do livro retomam a relação entre judeus e alemães, assunto que, diz o filósofo, “toca nos nervos mais sensíveis de nossa autocompreensão política”. O volume traz ainda a série de discursos de agradecimentos e de elogios de Habermas, sobretudo de instantâneos de amigos e colegas.
Autor de 8 livros disponíveis em nosso catálogo.
Segundo volume da Coleção Habermas, este texto reproduz um discurso do filósofo proferido cerca de um mês após o 11 de setembro de 2001. Embora circunstancial, é de grande importância no conjunto da obra do filósofo que, ao retomar o clássico tema fé e saber, adota uma nova expressão – “pós-secular” – que imprime mudanças em sua teoria da modernidade e torna-se presente em suas obras posteriores.
Nos textos que compõem esta obra, Jürgen Habermas analisa a relação entre teoria e práxis no contexto das sociedades modernas, surgidas do desenvolvimento de uma “civilização cientifizada”. Com base na perspectiva dessa relação, ele examina criticamente os efeitos colaterais reificantes da racionalização social sobre o cotidiano dos sujeitos.
Jürgen Habermas discorre, nesta obra escrita nos anos 1990, sobre a produção de oito teóricos que o influenciaram de alguma maneira: Charles S. Peirce,Edmund Husserl, Martin Heidegger, Ludwig Wittgenstein, Max Horkheimer, Georg Simmel,Alexander Mitscherlich e Alfred Schmidt.
Jürgen Habermas examina neste livro o “complexo” que segundo ele descansa sob a expressão “esfera pública”. Para ele, pode-se esperar, ao compreender tal conceito e submetê-lo a esclarecimento sociológico, apreender de modo sistemático a própria sociedade. “A esfera pública”, diz o filósofo, “continua a ser um princípio organizador de nossa ordem política”.