Este é um livro sobre o amor, percebido pelas autoras como algo tão essencial à vida que sem ele o planeta não teria ultrapassado o estágio bacteriano. Elas defendem e buscam demonstrar que além do papel crucial na evolução da vida, o amor foi fundamental também na construção da civilização. Para isso, empreendem um estudo profundo sobre o amor, buscando compreendê-lo desde suas origens – que situam na cooperação solidária entre bactérias que habitaram o planeta há cerca de quatro bilhões de anos – até as formas contemporâneas de amor, inclusive o romântico.
A obra apresenta um largo estudo sobre o desenvolvimento e a importância do amor, pontuando que, para compreendê-lo, é preciso enxergá-lo não como um sentimento isolado, mas como um complexo de sentimentos inserido em um contexto afetivo emocional e social. Examina, assim, adiversidade e as formas que o amor assume e expõe as diferenças culturais em relaçãoa esse conceito ubíquo,demonstrando que não é possível identificaras formas de amor que se manifestam em uma cultura sem compará-las com as encontradas em outras.
Com o olhar voltado para os jovens, as autoras analisam também as relações amorosas, mostrando que – a depender de como são administrados – os conflitos nessa esfera podem levar a situações dolorosas e problemas instransponíveis ou a oportunidades de autoconhecimento e descoberta também da outra pessoa, ou seja, a um saudável crescimento afetivo e cognitivo.
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Para mostrar a amplitude dos estudos do psiquiatra e psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), o livro reúne artigos de alguns dos principais nomes da filosofia e da psicanálise brasileira e internacional. Formado por 12 artigos de alguns dos principais nomes da filosofia nacional e internacional, este livro traça uma cartografia diversificada que visa mostrar a riqueza das questões e promessas postas pela experiência intelectual de Jacques Lacan. Vinte anos depois de sua morte, pensar a partir e através de Lacan ainda é um desafio que alguns aceitam de bom grado.
Os indivíduos sentem medo e por isso são subjetivos. Certos tipos de medo perseguem as crianças, outros aparecem apenas na adolescência e na maturidade. Em todos os estudos sobre o indivíduo e sobre a sociedade humana, o medo é um tema - esteja implícito como nas estórias de coragem e sucesso, ou explícito como nos trabalhos sobre fobias e conflitos humanos. Porém, não se tem procurado abordar o tema "paisagens de medo" como um tópico explorado por si mesmo e pelos esclarecimentos que possam trazer sobre as questões de interesse permanente: Que significa ser gente? Como é viver neste mundo? Neste livro, o autor explora essas questões, procurando em particular traçar laços e ressonâncias entre as diferentes paisagens de medo.
Livro que pretende oferecer ao leitor uma idéia bastante geral da literatura crítica acerca do behaviorismo. Ensaio introdutório preocupado em facilitar o trabalho dos interessados em melhor entender algumas das principais polêmicas que envolvem essa abordagem, baseadas em preceitos éticos, dimensões metodológicas, alegações filosóficas ou dissensões conceituais. Obra que caracteriza a crítica ao recuperar parte significativa da literatura científica publicada e reunindo-a sob critérios previamente enunciados. Apresenta algumas respostas de behavioristas a parte dessas críticas e acrescenta novas considerações sobre seu conteúdo e implicações a partir de alicerces internos do behaviorismo - daí um esboço de metacrítica.
O autor realiza uma análise institucional de um Seminário Católico que acolhe jovens candidatos ao sacerdócio, denominados seminaristas. Investiga o Seminário como agência de produção de subjetividade. Que tipo de instituição é o Seminário Católico atual? Que tipo de subjetividade se produz no seu contexto institucional? Procura apropriar-se do sistema de regras que institui o processo formativo eclesiástico para, ao estudar seu aparecimento e funcionamento, compreender com o auxílio de um instrumental estratégico, como ele se organiza e o que pode produzir nas atuais circunstâncias.
"Viena, 1916. Freud decidiu canonizar a si próprio. Diante do público que viera escutar a décima oitava de suas Conferências Introdutórias à Psicanálise, ministradas na Universidade de Viena, o fundador da psicanálise incumbiu-se de indicar seu lugar na história da humanidade.” Assim Mikkel Borch-Jacobsen e Sonu Shamdasani abrem a introdução de Os arquivos Freud, em um prelúdio ácido ao famoso discurso do chamado “pai da psicanálise”, que insere a si mesmo, ainda que discretamente, no panteão dos mais importantes cientistas da humanidade, ao lado de personalidades como Copérnico, Darwin e Newton. Seria a produção intelectual de Freud tão relevante ou suas teorias não passam de fraudes? Seria o rigor “científico” da psicanálise realmente aplicável a algo fugidio como o subconsciente humano? Esses são dois dos desafios clássicos à psicanálise que os autores reinstalam nesta obra polêmica e aos quais acrescentam outras tantas questões: quem foram aqueles que se contrapuseram a Freud? Qual teria sido a parcela de contribuição de seus colaboradores? Buscando respostas a indagações como essas e tentando colocar por terra os mitos que envolvem o pai da psicanálise, os autores demandam a abertura dos Arquivos Freud – documentos cruciais sobre o – e do – psicanalista, cujo acesso restrito, a seu ver, só se justificaria como alicerce da imagem heroica que Freud acabou por obter na sociedade ocidental. Nesse amplo esforço historiográfico e interpretativo, Borch-Jacobsen e Shamdasani elaboram análise abrangente sobre quem realmente teria sido Freud e sobre a real envergadura de sua produção intelectual. Conscientemente controverso, este livro expõe a exame um franco e direto ataque a esse nome maiúsculo do cenário intelectual contemporânea