A SOCIEDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DE SÃO PAULO (1895-1913)
Este livro busca contribuir para a compreensão do processo de institucionalização das ciências biomédicas em São Paulo e também ampliar o conhecimento sobre as relações entre este campo disciplinar e a saúde pública neste Estado. Seu principal objetivo é mostrar que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo teve atuação destacada na institucionalização da medicina paulista, desempenhando um papel diferenciado do que foi posto em marcha pelo Serviço Sanitário e seus institutos de pesquisa. Para isso, são observados os aspectos tipicamente institucionais da Sociedade - seu modelo organizativo, relação com outras instituições, períodos de maior ou menor atividade etc. - bem como imagens que mostram a Sociedade em ação - suas atividades, principais controvérsias, atores e grupos envolvidos. Assim, por um ângulo diferenciado, é possível observar as vicissitudes da Instituição na luta por um lugar de destaque no campo médico paulista.
Autor deste livro.
Utilizando um discurso ágil e leve, em muitos momentos com sabor de crônica de costumes, este livro recupera o processo de consolidação da intervenção do pensamento médico no campo do direito. De uma perspectiva especialmente da antropologia e da sociologia, este estudo sobre medicina legal no Brasil é, ao mesmo tempo, uma incursão pelas idéias e costumes da sociedade brasileira entre os anos de 1870 até 1930.
A medicina tem sido um exemplo interessante de uma disciplina que tem procurado estabelecer a convergência entre explicações sociais e "naturais", mostrando como a manifestação do fenômeno doença depende, freqüentemente, de condições suficientes, de natureza social. Ela, sem dúvida, nunca deixou de entender que a explicação das doenças e sua cura é facilitada pelo conhecimento do contexto social em que vivem as pessoas. Bem ou mal, ela tem buscado explicá-las através da referência a fatores sociais, ainda que, o mais das vezes, esse social seja encarado como constituído por características de pessoas, na já tradicional concepção multicausal da doença. Este livro volta-se, fundamentalmente, para as práticas sociais da medicina. Estas são, inquestionavelmente, objeto da sociologia. Mas podem ser, também, objeto da medicina, quando concebida como atrás. Em outras palavras, os aspectos sociais da medicina, como os institucionais, se são objeto da sociologia aplicada à medicina, podem também, ser objeto de uma disciplina que se tem denominado de Medicina Social.
O elenco destes trabalhos traz subsídios para a formulação e implementação de políticas na área de Saúde Bucal. Dentro deste enfoque, as demandas sociais são interpretadas e a matriz sociocultural é colocada em primeiro plano. O momento atual, em que se verificam relevantes alterações nas políticas de saúde, demanda um texto como este que forneça parâmetros para uma reflexão renovada em torno do tema.
O livro é um grito de alerta e de inquietação quanto aos rumos que a medicina vem tomando, tanto no aspecto de sua excessiva comercialização como no de uma especialização desmedida que deixa de conceber os organismos como um todo. O autor, professor de Medicina da Universidade René Descartes (Paris V), acredita que é preciso restabelecer a aliança entre especialistas e pesquisadores, reabilitar a profissão de clínico geral e divulgar constantemente o conceito de que a medicina está em permanente evolução.
Este livro é mais um volume das teses premiadas UNESP. A autora reconstrói o tema da participação da população em sua própria saúde, ressaltando a visão de saúde como vida ao avaliar o serviço de saúde pública do município de Santa Fé do Sul (SP), com ênfase ao desenvolvimento do programa Saúde da Família. O estudo permite entender o processo de exclusão brasileiro e mostra as contradições sociais que envolvem as cobranças acadêmicas por movimentos sociais no Brasil.