O livro mostra que a literatura não deve ser avaliada por uma pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura; a recepção da obra deve ter um fim em si mesma. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas estariam por uma teoria de valor.
O autor defende que a literatura é uma prática que permite termos acesso a experiências que não são as nossas e, nesse aspecto, seria uma libertação para que o homem não seja apenas ele mesmo.
Autor deste livro.
Nos primeiros meses de 1930, Walter Benjamin planejou uma coletânea de ensaios sobre literatura com o objetivo de "recriar a crítica como gênero", mas este livro nunca se materializou; e assim como seu projeto sobre as passagens parisienses também esboçado em 1930, a obra foi considerada por ele uma das "derrotas em grande escala" de sua vida. Entretanto, sobreviveram resíduos vitais da sua tentativa de recriar a crítica da época. Em meio a esse brilhante repositório do início dos anos 1930, estão anotações para um ensaio sobre "A tarefa do crítico", um dos artigos que Benjamin planejava incluir na coletânea não publicada sobre literatura. Nas anotações de Benjamin sobre a tarefa do crítico, como já indicado, ele enfatiza que "um grande crítico permite que os outros formem suas próprias opiniões com base na análise crítica que ele produz". Esperamos que este livro exemplifique essa máxima em relação a Eagleton, em especial porque, como Stuart Hall observa, "a forma interrogativa" de um livro de entrevistas, pelo menos potencialmente, "convida o leitor a participar de algo que é, em todo caso, um diálogo.
A autora estuda neste trabalho a trajetória de três brasileiros: um sargento, um capataz e um bacharel. São personagens de três obras conhecidas da literatura brasileira, Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, Uma estória de amor (Festa de Manuelzão), de João Guimarães Rosa, e Bangüê, de José Lins do Rego. A ênfase é dada nas diferentes modulações do núcleo dramático comum, representado pela crise de identidade do herói, provocada por seu desenraizamento.
Para que, quando e como estudar uma língua morta como o Latim? Esse é o ponto de partida deste fascinante trabalho de Alceu Dias Lima. Tratando de um problema didático aparentemente menor, desenvolve uma reflexão interdisciplinar sobre a língua e a cultura em geral, que carrega um inesperado sentido político. A idéia do Latim como simples disciplina instrumental e os estereótipos tradicionais que o cercam são analisados de maneira impiedosa, para dar lugar ao Latim como língua viva do passado.
Este livro propõe uma leitura inovadora do romance de Hilário Tácito, Madame Pomméry, publicado inicialmente em 1920, e considerado uma sátira pré-modernista. O autor aprofunda a definição desse gênero literário, historicizando sua origem e percorrendo seus desdobramentos históricos, respaldando-se em numerosos teóricos literários contemporâneos. O tema do livro -- a prostituição -- é considerado uma estratégia narrativa para que o autor ironize as formas que assume a modernização da vida social na cidade, rindo das imagens e representações do progresso que, então, passam a circular nos discursos das elites.
A proposta deste guia é abordar o aspecto literário do texto bíblico. Os ensaios que o compõem situam os diversos livros bíblicos em seu contexto, avaliam suas implicações e precedentes histórico-sociais, além de expor suas características e estruturas temático-formais. Dessa forma, o texto bíblico é apresentado em toda sua riqueza literária.