Este livro aborda os padrões presentes no trabalho compulsório do Brasil colonial e imperial, período que registrou o uso da mão-de-obra indígena em diversos empreendimentos luso-brasileiros, mas cuja marca central foi a escravidão de africanos e seus descendentes. O tráfico negreiro municiou de cativos os setores econômicos mais rentáveis. Foi nos engenhos, nas fazendas e nas minas onde escravos e libertos viveram a exploração mais intensa. Depois, examinam-se as mudanças ocorridas entre os séculos XIX e XX, quando o trabalho livre ganha primazia. Concomitantemente à abolição da escravidão negra, novos contingentes de mão-de-obra livre ingressaram no país, oriundos da Europa e da Ásia, radicando-se nas regiões Sudeste e Sul e inserindo-se na cultura do café, no comércio e na nascente indústria. Terceiro, dedica-se espaço especial às trabalhadoras, bem como ao trabalho executado por crianças. Acompanha-se a história das mulheres desde os tempos em que estavam sujeitas ao trabalho escravo até sua atuação nas lides industriais como operárias, no trabalho doméstico e mais modernamente no setor de serviços. Do mesmo modo, incursiona-se no mundo dos pequenos trabalhadores e nas vicissitudes do trabalho infantil.
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Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
Autora de obras de literatura infantil, juvenil e adulta, Ana Maria Machado ganhou recentemente o prêmio Hans Christian Andersen e a láurea de membro da Academia Brasileira de Letras. Obra que reúne dez estudiosos que mergulharam nas diversas facetas da autora, reconhecida pela crítica especializada, por entidades nacionais e internacionais do mundo da literatura, além de ser admirada por seus leitores e pelo papel na formação de leitores críticos.
Recuperar a memória da cidade de São Paulo com base em seus extremos. Utilizando essa idéia, Teresinha Bernardo compôs Memória em branco e negro. O livro desenvolve uma análise comparativa entre duas experiências imigratórias totalmente distintas: os italianos e os africanos. Graças a essa correlação, a autora nos oferece um olhar amplo do mundo urbano-industrial paulistano do início do século XX.
Uma nova obra de referência, que abre espaço para que Humberto Mauro, artista mineiro, considerado o mais brasileiro dos diretores do cinema nacional, seja conhecido na totalidade das facetas de sua ampla filmografia. Mauro fez filmes entre 1925 e 1974, e construiu uma trajetória repleta de imagens que se tornaram matrizes do cinema brasileiro. Neste livro, que relata os 50 anos de atividade de Humberto Mauro e discute a possibilidade da existência de um cinema brasileiro e dos seus vínculos com a grande arte universal, a autora reflete sobre a possibilidade de filmar o Brasil e seu povo sob um olhar também nacional. Com essa proposta, o estudo ilumina o Cinema Novo e ajuda a projetar hipóteses sobre os caminhos da produção nacional.
Tema de simbolismo tão marcante na identidade de São Paulo, a alimentação é apresentada neste livro como um acompanhamento das informações sobre a história da ocupação e da formação da sociedade paulistana. Rosa Belluzzo, na pesquisa e na documentação que o compõem, demonstra como as fusões, associações e confluências de temperos, alimentos, modos de preparo, apresentação e utensílios associados definiram pratos que, em mais de quatrocentos anos, estão fortemente identificados com a cidade e a região.