Tema de simbolismo tão marcante na identidade de São Paulo, a alimentação é apresentada neste livro como um acompanhamento das informações sobre a história da ocupação e da formação da sociedade paulistana. Rosa Belluzzo, na pesquisa e na documentação que o compõem, demonstra como as fusões, associações e confluências de temperos, alimentos, modos de preparo, apresentação e utensílios associados definiram pratos que, em mais de quatrocentos anos, estão fortemente identificados com a cidade e a região.
Autor de 3 livros disponíveis em nosso catálogo.
Machado de Assis, como revelam suas correspondências, era personalidade presente e ativa no cenário do Rio de Janeiro. O fundador da Academia Brasileira de Letras frequentava cafés, restaurantes e confeitarias em reuniões e tertúlias acaloradas. Esse era um pano de fundo obrigatório de sua vida social e certamente foi um dos elementos que emolduraram sua trajetória pessoal e literária. Neste livro, Rosa Belluzzo procura redesenhar o Rio de Janeiro gastronõmico da época machadiana. Um olhar mais rigoroso sobre o que então estava disponível ao paladar de Machado não apenas auxilia um passo rumo ao maior conhecimento da história cultural de sua época, mas nos aproxima do escritor, humaniza-o e permite, de forma original, que se vislumbre no gigante o ser humano que partilhou dores e prazeres (inclusive culinários).
Este é um dicionário singular, e não apenas por abarcar exclusivamente termos empregados na cozinha brasileira. Parte de seus mais de três mil verbetes sequer consta dos dicionários regulares da língua portuguesa, algo que, em si, o torna relevante para a história da cultura nacional. Várias dessas palavras foram pinçadas em dialetos indígenas e africanos e em documentos bibliográficos hoje raros, tarefa iniciada por Leonardo Arroyo nos anos 1960.
O autor apresenta uma coleção de obras de arte da capital paulista, relacionando-as às origens étnicas de seus autores. Entre as inúmeras obras retratadas, encontram-se exemplares de arquitetura, escultura, pintura, algumas nunca antes expostas ao público ou reproduzidas em livro.
Tendo como tema a Cultura Histórica, esta coletânea de textos de historiadores e pesquisadores dos mais importantes centros universitários do país procura aglutinar o conjunto de preocupações que envolvem o debate teórico da investigação histórica, neste final de século. A primeira parte discute as crises e as mudanças de paradigmas que vêm ocorrendo não apenas na história, mas em praticamente todas as ciências humanas e se aprofunda na questão de seus fundamentos epistemológicos. A segunda reúne trabalhos pontuais - exercícios de historiografia - que nos permitem observar como as questões teóricas antes levantadas se desdobram concretamente. Trata-se de um livro informativo e esclarecedor, que nos oferece uma descrição qualificada das grandes linhas teóricas da historiografia contemporânea e um panorama bastante significativo de como os historiadores brasileiros se posicionam em relação a eles.
Terceira edição revista e ampliada de um livro fundamental para pesquisas na área de história do trabalho e no campo das culturas entre operários. Desenvolve uma discussão crítica das contradições e problemas da existência de uma política cultural anarquista no Brasil. Estuda ainda a presença cultural do proletariado e das correntes libertárias no panorama literário pré-modernista da sociedade brasileira, mostrando os laços orgânicos entre a literatura social e o anarquismo.