MULHERES BRASILEIRAS IMIGRANTES NA HOLANDA
O livro aborda a problemática que envolve a compreensão das representações sociais do cotidiano e do trabalho de mulheres brasileiras que residem na Holanda. Dezenove mulheres foram entrevistadas para a composição de seus relatos. Os resultados revelam que a globalização favorece a entrada no país de imigrantes provindos do mundo todo, inclusive do Brasil. Além disso, o sistema capitalista utiliza essa demanda de emprego para explorar a mão-de-obra barata e sem acesso a direitos sociais. Com relação às representações sociais, as mulheres brasileiras que residem na Holanda se organizam baseadas em um sistema de interpretação complexo, que envolve contextos macro e micro, fundamentadas em concepções culturais e transacionais, nas quais o papel das redes sociais são importantes. Pode-se constatar que a imigração de mulheres brasileiras é uma realidade que deve ser enfrentada pelas autoridades brasileiras, como também no âmbito do Serviço Social.
Autor deste livro.
Nesta obra, editada pela primeira vez em português, Wolfgang Schluchter, um dos mais renomados estudiosos de Max Weber, analisa de forma abrangente a visão sobre a modernidade do pensador alemão. O livro se compõe de quatro ensaios crítico analíticos dos principais textos de Weber e de estudos esparsos que ele fez sobre economia das religiões, além de um panorama, que busca esmiuçar o programa de investigação weberiano.
Uma abordagem da Reforma Política brasileira, no que se refere às coligações eleitorais e seus impactos sobre o sistema partidário, propiciando uma reflexão das mazelas da fragmentação do sistema partidário, do problema da tradição federativa, da nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Apresenta as coligações eleitorais entre 1954-1962; a lógica das coligações no Brasil; os efeitos das coligações e o problema da proporcionalidade; e uma análise comparativa das estratégias eleitorais nas eleições majoritárias (1994 - 1998 - 2002), referindo-se às coligações eleitorais versus a nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Ao subsidiar um foco do perfil dos partidos e da classe política brasileira, em especial, suas identidades no espectro ideológico, possibilita adquirir indicadores sobre o impacto do Poder Executivo (estadual e nacional) sobre os partidos e o sistema partidário brasileiro.
O livro analisa os processos excludentes a partir das práticas, vivências e experiências de diferentes sujeitos coletivos, incorporando, assim, à dimensão material, as múltiplas dimensões subjetivas da exclusão social, além de propor uma reflexão sobre como o Estado e as políticas públicas enfrentam essa situação. O reconhecimento da desigualdade social não é uma idéia nova, mas por meio de uma abordagem teórica e política a obra traz questões importantes que mostram a urgência de respostas para esse tema.
O Bolsa Família completa 10 anos em 2013, alcançando perto de 50 milhões de pessoas, o que o torna o maior programa de combate à pobreza do mundo. Mas, quais seriam seus impactos na vida de seus beneficiários, principalmente das mulheres, titulares do benefício? Walquiria Domingues Leão Rego e Alexandre Pinzani buscam, neste estudo, fazer essa avaliação, com foco não nas melhorias econômicas, mas nas conquistas de autonomia –moral, econômica e política –daquelas mulheres, a partir do momento em que passaram a contar com uma renda monetária regular, ainda que mínima, uma situação inédita para a maioria delas. Os autores ouviram, entre 2006 e 2011, mais de 150 mulheres cadastradas no Bolsa Família, nas regiões mais empobrecidas do país, onde a circulação de dinheiro é escassa: Vale do Jequitinhonha (MG), sertão e litoral de Alagoas, interior do Piauí e do Maranhão, periferias de São Luís e do Recife. Cada mulher foi entrevistada mais de uma vez, de modo que foi possível verificar as mudanças que experimentaram durante o período, a partir da interpretação de seus depoimentos à luz de teorias da Filosofia e da Sociologia, em especial da sociologia do dinheiro. Leão Rego e Pinzani constataram que o programa de transferência de renda produz impactos sociais significativos nas vidas das beneficiárias, incomparáveis aos proporcionados por outros tipos de auxílio, como, por exemplo, vales de troca por produtos ou cestas básicas. Os efeitos decorrem do fato do benefício ser em dinheiro, o que implica em liberdade e responsabilidade quanto ao uso, aprendizado de planejamento de gastos e ganhos de dignidade. Os beneficiários experimentam certo grau de liberdade e autonomia, segundo os autores, porque podem escolher a forma de empregar o dinheiro, e ganhos de dignidade perante os demais membros da comunidade porque se tornam confiáveis: “O cartão do Bolsa Família é a única coisa que me deu crédito na vida, antes não tinha nada”, diz uma das entrevistadas. O estudo deita por terra certos preconceitos, como aquele segundo o qual não se deve dar dinheiro aos pobres, que não saberiam como empregá-lo. As mulheres ouvidas na pesquisa demonstram o contrário: em geral elas gastam prioritariamente com alimentos, em especial para as crianças. Uma delas informa que pode comprar, finalmente, um inalador para um filho que sofre de crises asmáticas. Se o dinheiro fosse entregue aos homens, sugere parte das entrevistadas, poderia ser utilizado de modo mais egoísta. Talvez por isso, a quase totalidade aprova o fato do benefício de ser entregue a elas, e não a eles. Contudo, desafiando outro preconceito, as mulheres ouvidas almejam muito mais do que uma renda mínima proveniente de um programa governamental: todas as entrevistadas afirmaram que gostariam mesmo é de ter trabalho regular e carteira assinada. Os impactos positivos do Bolsa Família, porém, ainda representam um passo tímido no enfrentamento da complexa questão da pobreza no país, na opinião dos autores: “Ainda falta fazer muito em políticas públicas para o que o Brasil se torne uma comunidade de cidadãos providos de direitos iguais”.
O Bolsa Família completa 10 anos em 2013, alcançando perto de 50 milhões de pessoas, o que o torna o maior programa de combate à pobreza do mundo. Mas, quais seriam seus impactos na vida de seus beneficiários, principalmente das mulheres, titulares do benefício?