FUNDAMENTOS POLÍTICOS E EPISTEMOLÓGICOS DOS PROJETO
Este livro estuda a experiência em curso no município de Porto Alegre (RS), que, implementa, de 1993 a 1999, o projeto Escola Cidadã, e de 2000 a 2001, o Cidade Educadora, a fim de de garantir a participação dos pais nas decisões tomadas no âmbito administrativo e no pedagógico, fenômeno cujos fundamentos políticos e epistemológicos são analisados sob a perspectiva do materialismo histórico-dialético; examinam-se os pressupostos teóricos que dão sustentação aos mecanismos usados na efetivação da democratização da gestão escolar e do conhecimento, muitas vezes divergentes, como a educação popular, o pós-modernismo e a pedagogia socialista.
Autor deste livro.
Paulo Freire revela neste livro, repleto de memórias e reflexões, que a base de qualquer teoria e a chave do conhecimento encontram-se na experiência pessoal e na capacidade de aprender a partir de impressões retiradas do universo vivido. Projeto inspirado pelo desejo de sua sobrinha Cristina de conhecer melhor o tio, na época em que ele esteve exilado, propicia ao leitor a oportunidade ímpar de acompanhar o trajeto de vida e o fio do pensamento do grande mestre. O autor liga experiências do passado à realidade da sociedade brasileira. Critica severamente o dogmatismo político, repudiando tanto o reacionarismo autoritário da direita quanto os mecanicistas que tantas vezes atuam na esquerda. Torna vivas as sensações e impressões vividas e explícitos os contrastes político-sociais no Brasil. Conta como, quando criança, foi apanhado furtando um mamão e analisa tal situação ressaltando o humilhante contraste entre a fome da criança Paulo e o discurso autoritário do proprietário da fruta. Mais adiante, compara a sensação de ser apanhado com o mamão nas mãos àquela de ser preso, muitos anos depois, pela ditadura militar. O livro traz notas escritas pela viúva do autor, a historiadora Ana Maria Araújo Freire.
Este, que é o décimo e último livro da Coleção Maurício Tragtenberg, da Editora Unesp, publicada ao longo de quase nove anos, reúne textos concebidos como material para palestras, além de resenhas e artigos do pensador veiculados em periódicos de organizações e na imprensa. O ponto de convergência de boa parte dos textos está na discussão da dicotomia entre educação e burocracia, gerenciamento do Estado e autonomia. Direta ou indiretamente, os escritos examinam a questão da auto-organização dos trabalhadores.
Este livro debruça-se sobre a feminização da profissão de professora, buscando compreender como as pioneiras da profissão (São Paulo - fins do século XIX até a década de 1930) desafiaram as estruturas de desigualdade social e conquistaram um espaço de trabalho que se constitui espaço essencialmente feminino, cruzando definitivamente seus destinos com a Educação.
Atualmente, há cerca de vinte milhões de analfabetos no Brasil, resultantes de um processo histórico longo, com lutas políticas e ideológicas mal resolvidas. Ao cidadão talvez pareça natural a idéia de que o Estado tem o dever de propiciar a todos os indivíduos, por meio da educação, o acesso à leitura e à escrita, como uma das principais formas de inclusão social, cultural e política e de construção da democracia. Nesta obra, a autora aborda conceitos como alfabetização e analfabeto, até sua gradativa substituição por expressões e noções como letramento e iletrado. Analisa a trajetória percorrida e o esgotamento de determinadas possibilidades teóricas e práticas no campo educacional evocando meios para sua superação, bem como para o resgate da dívida histórica com os excluídos da participação social, cultural e política no Brasil.
Em uma obra precisa e ao mesmo tempo controversa, Harry Brighouse lança um questionamento central para a reflexão de pais, educadores e formuladores de políticas públicas: afinal, qual é a missão da escola? De início, seu principal ponto de crítica está na ideia de que as instituições de ensino devem formar os futuros profissionais. Ele também refuta o pressuposto de que os professores precisam reafirmar os valores culturais de origem dos estudantes.