Há várias abordagens possíveis sobre a juventude e é necessário dizer que não há apenas uma juventude e uma cultura juvenil, mas várias, que diferem segundo condições sociais e históricas específicas. Nesse contexto, a urbanização fez dos jovens alvo de preocupação do Estado e de vários setores sociais, destacando-se temas como a educação, a delinqüência e o trabalho. Igualmente, a juventude adquiriu relevo na esfera do consumo e da indústria cultural, sendo que o avanço técnico e a expansão dos meios de comunicação contribuíram para incorporar os jovens como protagonistas nos mercados da moda, da música e do esporte, entre outros. Portanto, nosso objetivo é oferecer um panorama para se compreender as múltiplas expressões da juventude, que podem ser interpretadas como manifestações de um universo cultural específico.
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Cultura e materialismo se configura como uma exemplar introdução ao pensamento de Raymond Williams, notável pensador britânico e um dos fundadores da corrente dos Estudos Culturais. O livro reúne catorze textos que abarcam pouco mais de 20 anos de sua produção, entre 1958 e 1980, apresentando análises e críticas inéditas em português.
"Este livro, publicado em 1987, lança luzes sobre as contradições e os conflitos da Nova Direita, suas idéias e valores, práticas e programas, procurando mostrar que essa forma de sentir, pensar e agir - a ideologia neoliberal em sua forma mais ousada - não é um raio em céu azul e aparece aqui como um dos atos de uma complexa tragédia, o projeto racionalista que tenta uniformizar a inarredável diversidade humana. Para John Gray, a Nova Direita parece encarnar um desses malfadados movimentos de auto-engano: constrói-se mentalmente um telos, destino fixo e certo para onde caminharia a humanidade e, a seguir, busca-se o modo de "acertar" os rumos, disciplinando-os. E o caminho, além de não ter retorno, tem percalços dolorosos. É uma avaliação dura, crítica, em alguns passos até mesmo demolidora. Significativamente, é assinada por alguém que durante muito tempo esteve alinhado com essa ideologia que agora ataca. Um aliado de Margareth Thatcher e de sua cruzada privatizante, "antiestatista". Mas não se trata de um panfleto, escrito por militante ou propagandista. Gray é um erudito pesquisador, um especialista em filosofia política liberal. Talvez isso seja suficiente para indicar ao leitor um pouco do muito que ganhará lendo este conjunto de ensaios, por vezes alarmistas e quase sempre alarmantes."
Latour pretende desenvolver a base teórica para um estudo da antropologia da ciência. Trilhando uma perspectiva adotada de pensamento pós-moderno, o autor sugere regras para a investigação da comunidade científica e da maneira como esta chega a "fatos", "verdades", "teorias" etc. No limite, essa abordagem permite a consideração da obsolescência de conceitos básicos da análise epistemológica, como "razão". Obra fundamental para todos aqueles que se interessam pela questão dos fundamentos da ciência e pelo debate contemporâneo em torno desse tema.
Os autores se interessam em analisar e discutir questões sobre Che Guevara, como: seus valores, seus ideais, suas propostas e seus sonhos. Com base nessa análise, procuram compreender que causas defendia, como vislumbrava a sociedade idealizada e emancipada. Mais que uma biografia, o livro relata a trajetória de Guevara e seu legado, presente nos movimentos sociais que vêm se consolidando desde o fim da década de 1970, como a Via Campesina, o Forum Social Mundial, entre outros.
A partir da mais do que atual discussão acerca da segurança pública e das políticas sociais, este livro vem para apresentar um panorama antropológico da vida na periferia da maior metrópole do país. Ganhador do prêmio de Melhor Tese de Doutorado em 2009 no Concurso ANPOCS – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, o livro é resultado de um longo trabalho etnográfico que usa como amostra a trajetória de jovens da periferia de São Paulo.