CATALOGO COMENTADO (1503-1808)
Este livro se propõe a dar ao leitor a oportunidade de refletir sobre a História do Brasil e tentar contribuir na montagem desse enorme quebra-cabeça incompleto. Ao ver gravuras e ler fragmentos de relatos de viagem, o leitor descobrirá costumes estranhos, tribos canibais, aventureiros e piratas, embora ainda encontre personagens incrivelmente semelhantes aos atuais brasileiros. A diversidade de costumes e valores faz parte de nossa História e deu origem à cultura brasileira. Conhecer a história dessa fusão é o grande desafio dos pesquisadores, que buscam informações em documentos variados, entre os quais os relatos de viajantes estrangeiros. Durante três séculos, esses testemunhos registraram episódios vividos na América portuguesa que ora se destacam por uma percepção singular quando comparada aos olhares luso-brasileiros, ora apenas reproduzem lugares-comuns difundidos na Europa. No passado, sobretudo no período colonial, paulistas, baianos e mineiros se sentiam mais súditos da monarquia portuguesa, moradores dos domínios ultramarinos de Sua Majestade, do que brasileiros. Não havia o sentimento de ser brasileiro, identidade que se consolidou somente nos dois últimos séculos. Índios e negros de várias etnias se misturavam aos portugueses, mestiços, escravos e libertos e constituíam uma sociedade muito heterogênea e incapaz, à época, de se pensar como unidade, como nação.
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Esta obra aborda aspectos da história da Capitania de São Paulo, abrangendo seus primórdios, quando se chamava Capitania de São Vicente e pertencia a donatários; o período mais complexo em que, depois de se denominar Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro, perdeu grande parte de seu território e passou a estar subordinada ao governo do Rio de Janeiro; e finalmente o período da restauração de sua autonomia até ser agitada pelo movimento constitucional.
A admiração pela França constituiu um traço marcante das elites brasileiras desde os primórdios da independência, momento em que se tornou urgente dotar o jovem país de uma identidade capaz de lhe assegurar feições próprias. Sob a batuta de um diminuto grupo, concebeu-se e projetou-se uma representação da nação que não pode ser dissociada dos valores e da auto-imagem de seus propugnadores.
Procurando elucidar aspectos do processo de formação do conceito de nacionalidade na história brasileira, a historiadora analisa o período de passagem do trabalho escravo ao trabalho livre. Isso permite apreender a especificidade do período colonial e de seus conflitos sociais. A expansão cafeeira aparece como elemento duplo de redeterminação e conservação dos antagonismos, fonte de perpetuação de um conflito que esta obra procura abranger.
Autora de obras de literatura infantil, juvenil e adulta, Ana Maria Machado ganhou recentemente o prêmio Hans Christian Andersen e a láurea de membro da Academia Brasileira de Letras. Obra que reúne dez estudiosos que mergulharam nas diversas facetas da autora, reconhecida pela crítica especializada, por entidades nacionais e internacionais do mundo da literatura, além de ser admirada por seus leitores e pelo papel na formação de leitores críticos.
Estudo inédito que percorre quase três séculos de nobreza no Brasil. Destaca as mudanças ocorridas ao longo do processo histórico do país, divididas em três fases: do início da colonização até 1750; do ministério pombalino à chegada da Corte ao Rio de Janeiro; e de 1808 ao movimento constitucionalista. Um retrato fiel da nobreza no Brasil Colônia que revela tanto a complexidade da vida familiar, civil, militar e política, como os esforços da nobreza para manter o seu estilo de vida, a qualquer custo.