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Após 50 anos de sua primeira edição, este livro, de autoria de um dos mais renomados tradutores brasileiros de todos os tempos, influenciou gerações de profissionais. Ao conscientizá-los de que devem ir além das letras, seguindo uma conduta ética, com alerta para as qualidades essenciais do tradutor: humildade intelectual, paciência, fidelidade ao pensamento e emoção do original e cultura geral, não só literária, como também psicológica e histórica, além do pendor artístico, conclui que traduzir é uma verdadeira arte.
"Este estudo analisa a alegoria como procedimento de construção fundamental em A jangada de pedra (1986), de José Saramago, em que ela desponta como 'figura' ideal para performatizar o insólito posicionamento do país, segundo a ótica do narrador do romance. Empreendendo uma leitura alegórica da alegoria, isto é, desfazendo seu funcionamento tópico, construímos uma análise da obra na qual esta se oferece como verdadeira alegoria da modernidade para focar a identidade cultural portuguesa. A dessacralização de mitos ligados a uma tradição histórica e o poder desestabilizador da linguagem narrativa se interpenetram no funcionamento alegórico fazendo de A jangada de pedra uma obra singular."
A arte de pagar suas dívidas e satisfazer seus credores sem desembolsar um tostão é um título que já resume, de certa forma, esta peculiar obra. Datada de 1827 e publicada em Paris, seu autor é considerado Émile Marc Hilaire, que em seu tempo foi responsável por escrever uma série de “guias” como este, direcionados à elite da época e publicados por Honoré de Balzac (que, na verdade, talvez tenha sido o verdadeiro escritor da obra sob um pseudônimo). Alguns exemplos desses títulos são: A arte de nunca almoçar sozinho e sempre jantar na casa dos outros, A arte de fumar e apreciar rapé sem desagradar as belas, ou A arte de colocar sua gravata.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Clássica e sarcástica, esta obra, escrita no século 19 pelo espanhol Pedro Felipe Monlau sob o pseudônimo D. Dimas Camándula, pode atravessar os próximos séculos sem perder uma linha de sua desconcertante atualidade. Afinal, trata de um tema que jamais saiu da berlinda em toda a história e parece revigorar-se a cada dia: a propensão humana ao roubo, que, para o autor, é inata e comum a todos os mortais. Ele provoca: “Que homem não haverá infringido sequer uma vez em sua vida o sétimo mandamento?”.