Em 1976, a Fundação Getulio Vargas, em convênio com o Ministério da Agricultura, lançou as bases de um amplo programa de pesquisas voltado para a História da Agricultura Brasileira, e incluiu, entre as atividades desse programa, um plano editorial cujo único compromisso seria com a ciência e a cultura. O livro não trata de abordar uma História da Agricultura Brasileira, tampouco de desenvolver um projeto de pesquisa, a curto prazo, capaz de trazer uma resposta definitiva para os variados problemas que envolvem o conhecimento da evolução agrícola no Brasil em suas múltiplas e, por vezes, desconcertantes facetas; em virtude da complexidade, este primeiro volume inaugura a série tratanto do problema do café, pela relevância do tema no contexto da evolução geral do Brasil.
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O corpo humano ganha uma visão abrangente nesta obra organizada por Mary Del Priore e Marcia Amantino. Estão reunidos aqui artigos escritos por estudiosos de distintas áreas do conhecimento, que discorrem sobre as diversas facetas, representações e simbologias do corpo. Partindo das descrições de Pero Vaz de Caminha sobre o corpo das índias e indo até a ditadura da beleza no século XXI, o livro aborda uma considerável gama de reflexões sobre o assunto.
A admiração pela França constituiu um traço marcante das elites brasileiras desde os primórdios da independência, momento em que se tornou urgente dotar o jovem país de uma identidade capaz de lhe assegurar feições próprias. Sob a batuta de um diminuto grupo, concebeu-se e projetou-se uma representação da nação que não pode ser dissociada dos valores e da auto-imagem de seus propugnadores.
O esporte é uma das mais importantes manifestações culturais do século XX. É um fenômeno tipicamente moderno, que tem sua configuração articulada com todas as outras dimensões sociais, culturais, econômicas e políticas: arquitetura, modus vivendis, nova dinâmica das cidades, aumento da presença dos meios de comunicações, entre outras. A construção do ideário da modernidade, seus sentidos e significados, passa também pelas peculiaridades que adquiriu a prática esportiva no decorrer do tempo. As práticas corporais sempre fazem parte do patrimônio cultural de um povo, plenamente articuladas com uma cultura específica e sendo importantes ferramentas na construção de identidades: de classe, de gênero, de etnia, ligadas à construção da ideia de nação. No caso do Brasil, isso fica acentuado pela grande presença do futebol em nossa formação cultural, em nossa história. Tendo em vista essas considerações, esse livro pretende lançar um olhar panorâmico sobre o objeto no país, traçando uma trajetória temporal, desde o século XIX até os dias de hoje.
Neste volume, 13 autores apresentam e avaliam as inúmeras facetas que estiveram e estão por trás do conceito de homem no Brasil desde o período colonial. Os artigos demonstram que a masculinidade do brasileiro não resulta de características “naturais”, mas foi edificada e adquiriu perfis variados, conforme as diferentes épocas, áreas geográficas e classes sociais, além de religião e orientação sexual de cada um.
Esta obra apresenta, na íntegra, o relato clássico de João Cabanas (1895-1974) da sangrenta Revolução de 1924, que tomou de assalto a cidade de São Paulo entre 5 e 28 de julho, deixando um rastro de destruição e morte. Durante aqueles dias cerca de 400 mil pessoas deixaram a capital, então com 700 mil habitantes, para sair da mira de granadas, tiros de artilharia pesada e até bombardeios aéreos que acabaram por arruinar vários bairros, ferir mais de 500 pessoas e matar outras 5 mil.