A constituição de uma identidade - fazendo-se também pela definição do que se lhe opõe, isto é, da diferença - incorpora em sua bipolaridade as dimensões política e social porque nela, como salienta Jacques Derrida (1991), um dos polos é necessariamente privilegiado em relação ao outro e, de consequência, expressão de uma relação de poder. Stuart Hall retoma Derrida quando afirma que "a constituição de uma identidade social é um ato de poder (...) pois se uma identidade consegue se afirmar é apenas por meio da repressão daquilo que a ameaça".
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Estudo que analisa o papel desempenhado pela eletricidade na modernização do Brasil. Ao contrário do que ocorreu em países da Europa, foi o gerador elétrico, e não a máquina a vapor, que funcionou como agente de modernização. A modernidade só deixou de ser um ideal a partir do momento em que a energia elétrica foi posta à disposição do consumo. Daí a necessidade de compreender o desenvolvimento tecnológico que possibilitou a modernização pelo domínio da produção de energia elétrica.
Paolo Rossi faz aqui uma reflexão sobre o tema alimentação para demonstrar que o simples ato de comer está muito mais carregado de significados, culturais e antropológicos, do que se pode imaginar quando se se pensa em assuntos como dietas saudáveis, desnutrição e gastronomia, muito em voga atualmente.
Este livro explora as origens do mito da Atlântida, com Platão, e seus desdobramentos na Antiguidade greco-romana e bizantina, na Renascença e na Idade Moderna. Vidal-Naquet consegue uma proeza pouco comum: ser erudito e agradável, mostrar domínio da História antiga, moderna e contemporânea, analisar documentos e esclarecer suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-se às abordagens científicas, em um caleidoscópio original e sempre em mutação. Vidal-Naquet mostra, de forma magistral, como se formam os mitos e como continuam a ocupar lugar de destaque em nossa época.
Mais do que uma simples biografia cronológica do homem cujo mito causa ainda forte impressão à humanidade, esta síntese transparente propõe uma reflexão sobre a vida, a obra e a herança de Napoleão, partindo do princípio de que atualmente é possível discutir o tema sem as paixões de antigamente e com o recuo do historiador.
Nesta obra clássica e indispensável sobre o tema da escravidão e dos movimentos abolicionistas dos séculos XVIII e XIX, o autor