REFLEXÃO A RESPEITO DA ESTRUTURA HISTÓRICA DO NOVO MUNDO E DO SENTIDO DO SEU DEVIR
A opção pelo termo "invenção" é sugestiva pela ambigüidade que possibilita. De um lado, o termo vem acompanhado de toda uma visão de América, na qual predominam o fantástico, o fabuloso, o legendário, o mítico; de outro, o termo pode lembrar algo que é construído racionalmente.
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Historiador da filosofia conhecido sobretudo por seus estudos sobre Rousseau e Montaigne, Jean Starobinski retoma aqui a análise da gênese ideológica da Revolução Francesa. Rastreando a formação do conceito moderno de liberdade pelo imaginário estético do século XVIII, Starobinski restitui a complexidade do ideário que animou esse importante fato histórico. Análises iconográficas e textuais aparecem entrelaçadas a fim de possibilitar a compreensão das modalidades de interação entre filosofia e imaginário.
Por que os historiadores contemporâneos têm investido tanto na representação do passado? Stephen Bann procura responder a essa questão examinando as modalidades de representação à disposição da historiografia do século XX, pois é a partir daí que um conjunto considerável de manifestações literárias e visuais é tomado como fonte de dados históricos. Isso permite ao autor chamar a atenção para a extraordinária fluidez das fronteiras da história e para as possibilidades não realizadas de articulação com outras disciplinas.
Este livro descreve uma guinada crucial na evolução do pensamento europeu: de uma postura introspectiva, condescendente em relação à ignorância e à falta de precisão, para uma diferente maneira de se abordar o mundo - em termos visuais e quantitativos. Crosby mapeia as origens e o impacto dessa revolução, considerando-a um dos elementos fundamentais para o extraordinário sucesso do imperialismo europeu e da supremacia do pensamento científico.
O oitavo volume da Coleção Revoluções do Século XX, dirigido por Emília Viotti da Costa, apresenta um panorama histórico com ampla base factual da guerra e da revolução vietnamitas, "que representam um dos mais significativos acontecimentos históricos contemporâneos. Mais do que uma descolonização acidentada, em seu conjunto se trata de um trabalho de mobilização popular para a resistência ao fascismo do regime de Vichy, ao militarismo japonês, à potência colonial francesa, à superpotência norte-americana e para a transformação social. O conflito do Vietnã foi também um elemento fundamental no desgaste do império americano. A história do Vietnã no século XX é a história de uma luta anticolonial pela independência nacional, de uma revolução socialista e de várias guerras de projeção internacional. É notável como um pequeno país pôde ter se tornado pivô da política mundial e sobrevivido em meio às mais complexas alterações das alianças. Mas, além disso, o país também é destaque por ser um dos regimes socialistas que sobreviveram ao colapso da União Soviética, sua aliada e protetora, com um Partido Comunista ainda no poder".
A Argélia representava para o Estado francês, até meados do século XX, uma enorme extensão de terra ocupada por algumas tribos primitivas de árabes e berberes, a maioria deles muçulmanos. Um território onde todas as melhorias existentes deviam ser tributadas ao poder da França. Movidos pela forte onda nacionalista que percorreria o mundo árabe e culminou com a ascensão do pan-arabismo nasserista ao poder no Egito, os argelinos lutaram quase dez anos pela independência, conquistando com ela sua dignidade nacional e uma maior autonomia no controle do destino de seu próprio país.