CARTAS DE GALILEU SOBRE O ACORDO DO SISTEMA COPERNICANO COM A BÍBLIA
Os textos presentes no livro formam um dossiê sobre as relações entre a ciência da Natureza e a revelação bíblica, interpretada dentro da tradição católica no contexto do século XVII. Tratam-se de quatro cartas e três anotações, todas de Galileu, às quais foram acrescentados a carta do cardeal Belarmino ao Pe. Paolo Foscarini e o decreto de suspensão, isto é, de proibição até que fossem corrigidas, das Revoluções dos orbes celestes pela Congregação do Índice.
O objetivo dessa compilação das cartas é situar sumariamente os documentos referidos no seu contexto imediato e relembrar de modo breve um ou outro aspecto da postura galileana na questão em pauta.
Autor deste livro.
"Esta edição combina partes de Against Method com excertos de Science in a Free Societ, acrescido de um capítulo sobre o julgamento de Galileu e outro sobre a noção de realidade que parece ser requerida pelo fato de que o conhecimento é parte de um processo histórico complexo. Defendo dois pontos de vista: primeiro, que a ciência pode ficar em pé sobre suas próprias pernas e não precisa de nenhuma ajuda ... ; segundo, que culturas, procedimentos e pressupostos não-científicos também podem ficar em pé sobre suas próprias pernas e deveria ser-lhes permitido fazê-lo, se tal é o desejo de seus representantes. A ciência tem de ser protegida das ideologias, e as sociedades, em especial as democráticas, têm de ser protegidas da ciência ... Minha interpretação do conhecimento científico, por exemplo, era uma trivialidade para físicos como Mach, Boltzmann, Einstein e Bohr. No entanto, as idéias desses grandes pensadores foram irreconhecivelmente distorcidas pelos roedores neopositivistas e por seus rivais, os roedores pertencentes à igreja do racionalismo "crítico". Lakatos foi, depois de Kuhn, um dos poucos pensadores que notaram essa discrepância e tentaram eliminá-la por meio de uma complexa e muito interessante teoria da racionalidade."
Professor de Filosofia do College de France, Granger apresenta as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Destinado ao público não-especializado, o filósofo francês fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não-relativista da evolução das verdades científicas. O resultado é uma obra capaz de deixar evidente a atualidade do programa do racionalismo moderno.
Passando por rigoroso exame as principais teorias sobre as origens da civilização, René Girard centra suas reflexões no que considera ser os eventos primordiais do processo civilizatório. Destacando o papel da violência fundadora, apresenta uma nova teoria do sagrado, que lhe permite um reexame dos grandes temas míticos e rituais. Este livro não se perde na aridez ou no formalismo. Muito ao contrário, nutre-se de um estilo que consegue ao mesmo tempo transmitir o interesse, a aura e a graça dos grandes textos literários.
A jornalista francesa entrevista grandes nomes contemporâneos da ciência, como Stephen Jay-Gould, e da filosofia, como Pierre Lévy e Paul Feyerabend, investigando questões cruciais deste início de milênio: a relação entre a matéria e a vida, a teoria do caos, os limites do cérebro e a inteligência artificial. O resultado é uma obra que discute a ética científica do ponto de vista de físicos, astrofísicos, químicos, biólogos e geneticistas, em que a ciência não é idolatrada ou demonizada, mas continuamente indagada sobre o seu papel no mundo contemporâneo.
"Esta edição combina partes de Against Method com excertos de Science in a Free Societ, acrescido de um capítulo sobre o julgamento de Galileu e outro sobre a noção de realidade que parece ser requerida pelo fato de que o conhecimento é parte de um processo histórico complexo. Defendo dois pontos de vista: primeiro, que a ciência pode ficar em pé sobre suas próprias pernas e não precisa de nenhuma ajuda ... ; segundo, que culturas, procedimentos e pressupostos não-científicos também podem ficar em pé sobre suas próprias pernas e deveria ser-lhes permitido fazê-lo, se tal é o desejo de seus representantes.