HISTORIA DAS ATITUDES EM RELACAO SEXUALIDADE
Este livro procura desenvolver aspectos do conhecimento sobre sexo, desde a Antigüidade até nossos dias. Levando em consideração as contribuições da zoologia, anatomia, embriologia e psiquiatria, discute a formação do conjunto de disciplinas que, por volta do século XIX, veio a ser chamado de 'sexologia'.
Autor deste livro.
A sociologia da ciência pode investigar e explicar o conteúdo e a natureza do conhecimento científico? Muitos sociólogos acreditam que não. Eles dizem que o conhecimento enquanto tal, distinto das circunstâncias ao redor de sua produção, está além de seu alcance. Voluntariamente, eles limitam o alcance de suas próprias investigações. Argumentarei que isso constitui uma traição ao ponto de vista de sua disciplina. Todo conhecimento, ainda que se encontre nas ciências empíricas ou mesmo na matemática, deve ser tratado, exaustivamente, como material para a investigação. As limitações que ocorrem aos sociólogos consistem em entregar algum material a ciências afins, como a psicologia, ou em depender das pesquisas realizadas por especialistas em outras disciplinas. Não existem limitações que repousem sobre o caráter absoluto ou transcendente do próprio conhecimento, ou sobre a natureza especial da racionalidade, da validade, da verdade ou da objetividade.
Este livro trata dos movimentos sociais urbanos que se colocam contra uma determinada situação e procuram mudar esse status quo usando ou não a força física ou a coerção. Na tradição brasileira, raramente os movimentos urbanos usaram a força física, enquanto a coerção política, relacionada com a capacidade de pressão de cada movimento específico, se faz bastante presente no sentido de coagir o poder público a cumprir as reivindicações de um movimento. A publicação aponta que, a partir do fim da década de 1970 e na de 1980, movimentos urbanos ligados às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, a sindicatos, com as greves do ABC paulista, à moradia, com as ocupações de terra urbana, ao feminismo, à ecologia e contra a discriminação étnica ou sexual começaram a se destacar e a ocupar muito espaço nos meios de comunicação.
Nesta obra, as autoras procuram elucidar as contribuições recíprocas entre as Ciências Sociais, em particular a Sociologia, e os estudos de gênero, que floresceram em especial na França contemporânea. Para isso, elas selecionaram um conjunto de autores consagrados e formados nos programas de Ciências Sociais e propuseram a um grupo de especialistas em tais autores que os questionassem acerca de um conjunto de problemas comuns. O objetivo, alcançado, era esclarecer, fazer um exame crítico e tornar acessível, principalmente a estudantes e professores, a forma como a questão de gênero aparece em obras de pensadores como Lévi-Strauss, Durkheim, Crozier, Touraine, Latour, Marx, Engels, Foucault, Arendt, Adorno, Comte, entre vários outros.
O termo interdisciplinar é cada vez mais usado entre os pesquisadores das mais diversas áreas de pesquisa. Poucas vezes, porém, o tema foi tratado com tamanha lucidez como neste livro. O historiador inglês realiza um rico diálogo entre a disciplina História e suas correlatas, que incluem a Sociolingüística, a Psicologia Social e a Comunicação, entre outras. Esse esforço estimula a estudar a cultura de um prisma abrangente e eclético, que permite o diálogo fecundo entre idéias distintas de diferentes ciências.
Livro que leva o título da conferência, seguida de debate, realizada no Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica (INRA), pode ser classificado como uma sociologia da produção científica que se vale da teoria dos campos sociais, para discutir questões relevantes. O autor acredita que a luta pela "verdade" científica no interior do campo é um jogo de lucros e perdas e que os "campos científicos" são o espaço de confronto necessário entre duas formas de poder que correspondem a duas espécies de capital científico: o social (ligado à ocupação de posições importantes nas instituições científicas) e o específico (que repousa sobre o reconhecimento pelos pares, também o mais exposto à contestação). Sob sua ótica, essas contradições podem ser ultrapassadas com a sociologia da ciência.