ENTREVISTA COM JEAN LEBRUN
Às mulheres, a vida privada - seu coração, a casa. Aos homens, o público e a política, seu santuário. Michelle Perrot, dentro da série de livros, magnificamente ilustrados, de entrevistas com grandes historiadores, preferiu dirigir o olhar para as mulheres na arena pública, às voltas com uma cidadania que resiste em incluí-las, mas que elas insistem em ocupar e, gradualmente, ampliar.
Autor deste livro.
Neste livro que integra a série de entrevistas com grandes historiadores, Jacques Le Goff e Jean Lebrun procuram fornecer os modos de compreensão da ruptura urbana que caracterizam nossa época. Por meio de quatro temas (a cidade como lugar de troca de diálogo, como lugar de segurança, de poder e de aspiração à beleza), os historiadores analisam a reconfiguração do conjunto de funções da cidade. A pesquisa iconográfica aparece aqui como complemento necessário ao texto.
Esta obra analisa uma imensa quantidade de relatos de viajantes cristãos dos séculos XIII ao XV sobre as mulheres de outras culturas, especialmente da China, Mongólia e Índia, e traça uma linha que dá significado ao modo como eles as viram e a seus costumes. A autora observa que, embora tenham lançado para as estrangeiras um olhar apenas “enviesado”, sem as pretensões dos letrados de moldá-las aos ditames da cultura ocidental, aqueles homens só puderam vê-las a partir de um mesmo referencial, o da fé cristã, e comparando-as às conterrâneas: “Essas pinceladas [...] dizem certamente menos sobre as mulheres dos outros do que sobre as conhecidas e modelares dos próprios viajantes, [...] dizem mais sobre o que os viajantes projetavam para suas mulheres ou conheciam como próprio delas do que sobre os hábitos, costumes e feições das mulheres de lá”.
Este livro não faz uma sinopse da Revolução Francesa. Foi escrito como um ensaio que não busca resumir o que se conhece sobre o tema, mas sugerir dúvidas e interrogações.
Os ensaios deste livro do historiador François Dosse discutem, entre outras coisas, a questão da identidade nacional tal como ela orientou o discurso histórico francês até o começo do século XX e o seu abandono sob a égide das ciências sociais e do estruturalismo; a importância da hermenêutica de Paul Ricoeur para o historiador ou ainda as interpretações de Maio de 68 e a influência exercida por aquele acontecimento-ruptura sobre a disciplina histórica. O autor analisa também a trajetória de alguns dos principais representantes da Nova História, como Georges Duby, Fernand Braudel e François Furet, e se detém sobre luminares do pensamento estruturalista, como Roland Barthes, Jacques Lacan e Michel Foucault. Apesar da diversidade aparente dos temas, os textos retomam as preocupações de François Dosse para com o estruturalismo e suas relações com a história (e seu esfacelamento).