OS VIAJANTES CRISTÃOS NAS TERRAS A ORIENTE (SÉCULOS XIII-XV)
Esta obra analisa uma imensa quantidade de relatos de viajantes cristãos dos séculos XIII ao XV sobre as mulheres de outras culturas, especialmente da China, Mongólia e Índia, e traça uma linha que dá significado ao modo como eles as viram e a seus costumes. A autora observa que, embora tenham lançado para as estrangeiras um olhar apenas “enviesado”, sem as pretensões dos letrados de moldá-las aos ditames da cultura ocidental, aqueles homens só puderam vê-las a partir de um mesmo referencial, o da fé cristã, e comparando-as às conterrâneas: “Essas pinceladas [...] dizem certamente menos sobre as mulheres dos outros do que sobre as conhecidas e modelares dos próprios viajantes, [...] dizem mais sobre o que os viajantes projetavam para suas mulheres ou conheciam como próprio delas do que sobre os hábitos, costumes e feições das mulheres de lá”.
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Livro que assinala o papel desempenhado pela Igreja católica na formação do pensamento conservador do Brasil. Privilegiando as primeiras décadas do século XX, Romualdo Dias esclarece o papel da Igreja na implementação e legitimação de políticas autoritárias que se observam a partir desse período, apresentando, ainda, a análise do esforço empreendido pela hierarquia católica na formação de uma elite dirigente nacional.
Os elos entre a filosofia e a história são o tema deste estudo. A base teórica é o pensamento do historiador Paul Veyne, que reflete sobre a sua prática de um ponto de vista que leva em conta questionamentos de cunho filosófico. A partir daí, são apontadas questões filosóficas que o historiador deve levar em conta em suas pesquisas. Ao longo do livro são definidos e encadeados elementos constitutivos da tarefa narrativa do historiador e da sua construção teórica. Temas que dizem respeito ao objeto da história e à causalidade histórica, assim como relações entre conceito, acontecimento e totalidade histórica, são enfocados, como também as diferentes concepções filosóficas da ligação entre o ato de narrar em si mesmo e o de construir filosoficamente essa narrativa.
A relação dinâmica entre os homens e as suas roupas, dissecada sob um enfoque sociológico e artístico, é o tema deste livro. Todo um jogo de valores, de identidades e de metáforas sociais, políticas e éticas é analisado com base no uso da roupa preta pelos homens ao longo dos séculos. Abordagens do uso do preto na Espanha, durante o reinado de Felipe II (1556-1598), na época de Shakespeare e na obra de Charles Dickens, as casas sombrias na Inglaterra, as vestimentas masculinas e femininas e o uso do preto no mundo contemporâneo. Utilizada inicialmente no Ocidente como símbolo de luto, a roupa preta vem ganhando, ao longo do tempo, uma proximidade cada vez maior com o poder.
O que é a felicidade? Uma pergunta abrangente, de respostas relativas e inúmeras interpretações possíveis. O homem lançou para si esta questão ao longo dos séculos, almejando sempre uma forma de alcançar este estado de graça e absoluto contentamento. Mas como esta procura se moldou de acordo com os momentos vividos pela humanidade? Em uma obra que apresenta um estudo sem precedentes, Georges Minois investiga, pelo viés da História, partindo desde a Antiguidade até o século XXI, a obstinada busca do ser humano pela felicidade.
Com o objetivo de compreender os modos de transferência das culturas ibéricas ao universo íbero-americano, Marcondes & Bellotto reuniram pesquisadores internacionais vindos da arquitetura, da música, da história e da antropologia. São oito ensaios que mostram a complexidade do processo de assimilação e recriação dos conteúdos culturais vindos das metrópoles. Dessa forma, a singularidade labiríntica e antropofágica da cultura latino-americana pode ser estudada com maior riqueza de detalhes.