A paixão que a literatura de Borges despertou no leitor brasileiro, a partir das análises pioneiras de Mário de Andrade em 1928, está retratada neste surpreendente volume. Os nomes dos "descobridores" de Borges no Brasil, como Augusto Meyer, Alexandre Eulalio e Murilo Mendes, se juntam a uma rara tradução de Clarice Lispector e textos de especialistas como Davi Arrigucci Jr., Júlio Pimentel Pinto, Eneida M. de Souza, Bella Jozef eoutros. As duas passagens de Borges por São Paulo (1970 e 1984) estão também registradas em rica iconografia e nas reveladoras entrevistas de época. Uma farta pesquisa bibliográfica de Borges torna este livro obra de referência obrigatória.
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Todorov define este livro como o estudo das diferentes maneiras de compreender e definir os “fatos simbólicos”, afirmando que não cabe, portanto, fazer uma definição liminar do símbolo. Ele opta por abordar um conjunto de disciplinas que no passado dividiram o terreno do signo e do símbolo: a semântica, a lógica, a retórica, a hermenêutica, a estética, a filosofia, a etnologia, a psicanálise, a poética. “O símbolo constitui o objeto deste livro: como coisa, não como palavra. Não se encontrará aqui uma história do termo “símbolo’”, escreve.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
A obra faz uma análise do processo de construção do humor nas obras infantis de Monteiro Lobato, o qual, dessa maneira, reinventa a linguagem literária, projetando com esse recurso as contradições da experiência humana na literatura. O estudo é feito considerando aspextos como: narrador, linguagem, exploração dos recursos semânticos, nonsense, paródia, comparações inusitadas, ironia, cômico da situação, inversão/subversão, grotesco e personangens.
A obra poética de Gregório de Matos recebe neste livro um tratamento de há muito exigido e merecido. O autor mostra a indissociabilidade da forma e do conteúdo na poesia de Gregório. De início, o autor sintetiza os problemas que têm acompanhado a poesia de Gregório; em seguida, enfrenta a questão textual relativa à obra do poeta e apresenta com clareza os resultados alcançados.
Este é o primeiro volume da coleção Pequenos Frascos, a qual apresenta pequenos textos, menos conhecidos - e, de certa forma, "marginais" - de autores consagrados nas mais diversas áreas. Neste volume há uma compilação de escritos satíricos de Jonathan Swift, escritor irlandês do século XVII. O texto que o intitula é um pequeno grande achado: o autor apresenta uma polêmica solução para o problema das crianças famintas que perambulava pelas ruas da Irlanda na época. É um "mundo dos horrores" modo pelo qual o autor convoca a todos para a liberdade de pensar "pelo avesso", porque "o mundo está direitinho demais para estar certo. Apesar do lapso temporal, é de uma incrível atualidade em relação à realidade mundial e, sobretudo, à brasileira.