Todorov define este livro como o estudo das diferentes maneiras de compreender e definir os “fatos simbólicos”, afirmando que não cabe, portanto, fazer uma definição liminar do símbolo. Ele opta por abordar um conjunto de disciplinas que no passado dividiram o terreno do signo e do símbolo: a semântica, a lógica, a retórica, a hermenêutica, a estética, a filosofia, a etnologia, a psicanálise, a poética. “O símbolo constitui o objeto deste livro: como coisa, não como palavra. Não se encontrará aqui uma história do termo “símbolo’”, escreve.
No entanto, embora a obra trate, sem dúvida, desse tema, aborda, antes, um conjunto de disciplinas que no passado dividiram o terreno do signo e do símbolo: a semântica, a lógica, a retórica, a hermenêutica, a estética, a filosofia, a etnologia, a psicanálise, a poética.
Análise critica das teorias de Aristóteles e Santo Agostinho, de Tácito e Quintiliano, de Du Marsais e Condillac, de Diderot e de Lessing, de Goethe e dos irmãos Schlegel, de Freud e Levy-Bruhl, de Saussure e Jakobson, Teorias do símbolo não é, porém, uma “história da semiótica”. No entanto, não estaríamos falando de história quando tratamos da reconstituição desses sistemas conceituais e da procura de leis que governaram o discurso que se volta para o próprio discurso? Talvez, mas com a diferença de que, nesta obra, “história” e “semiótica”, longe de serem categorias imutáveis e estanques que permitam circunscrever o projeto, estão apenas entre as noções que esta investigação questionara.
Autor de 4 livros disponíveis em nosso catálogo.
Neste ensaio, que integra a Coleção Todorov, o filósofo búlgaro percorre um único domínio do vasto campo da Antropologia para estudar o ser humano a partir de um ângulo incomum. Ele busca compreender não o lugar que o homem ocupa na sociedade, mas, ao contrário, o lugar que a sociedade ocupa no homem: “Em que consiste, para o indivíduo, a exigência de conhecer apenas uma vida em comum?”.
Tzvetan Todorov percorre neste livro várias correntes e tradições de estudos da simbólica da linguagem, ou seja, a esfera dos chamados sentidos indiretos da linguagem, aqueles que são como que acrescentados a seu primeiro sentido, chamado de “direto”. O autor ressalta, porém, que o prefixo negativo em “indireto” não deve ser considerado um fenômeno ocasional. Ao contrário, diz, a produção indireta de sentido se manifesta em todos os discursos, e muitas vezes de forma preponderante.
Ao traduzir e organizar esta coletânea, publicada originalmente em 1965, Tzvetan Todorov revelou aos leitores franceses a existência de uma notável escola de análise literária que prosperara em São Petersburgo (posteriormente, Leningrado) e Moscou entre 1915 e 1930. Trata-se de uma das poucas obras publicadas no Ocidente que apresentam textos da volumosa produção dos integrantes dos chamados formalistas russos, fundadores da escola formalista, que revolucionou a crítica literária, deu origem à lingüística estrutural e influencia ainda hoje o pensamento científico.
A paixão que a literatura de Borges despertou no leitor brasileiro, a partir das análises pioneiras de Mário de Andrade em 1928, está retratada neste surpreendente volume. Os nomes dos "descobridores" de Borges no Brasil, como Augusto Meyer, Alexandre Eulalio e Murilo Mendes, se juntam a uma rara tradução de Clarice Lispector e textos de especialistas como Davi Arrigucci Jr., Júlio Pimentel Pinto, Eneida M. de Souza, Bella Jozef eoutros. As duas passagens de Borges por São Paulo (1970 e 1984) estão também registradas em rica iconografia e nas reveladoras entrevistas de época. Uma farta pesquisa bibliográfica de Borges torna este livro obra de referência obrigatória.
A obra poética de Gregório de Matos recebe neste livro um tratamento de há muito exigido e merecido. O autor mostra a indissociabilidade da forma e do conteúdo na poesia de Gregório. De início, o autor sintetiza os problemas que têm acompanhado a poesia de Gregório; em seguida, enfrenta a questão textual relativa à obra do poeta e apresenta com clareza os resultados alcançados.