A crítica literária e a lingüística têm nos textos literários um grande desafio. Diversas correntes deixam de lado o texto propriamente dito e colocam em primeiro plano outras ciências, como a sociologia, a história e a psicologia. Lingüista da Universidade de Reims, França, o autor valoriza o papel do leitor como receptor. Entende, portanto, o ato da leitura como um momento em que o prazer estético, obtido pelas relações entre forma e conteúdo, transporta o fruidor a uma outra realidade, criada pelo poder da palavra.
Autor deste livro.
Escrito no século V da Era Comum, Vakyapadiya(Da palavra), aqui apresentado em tradução feita diretamente do sânscrito, trata de questões conceituais da Filosofia da Linguagem segundo a tradição gramatical hindu.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Clássica e sarcástica, esta obra, escrita no século 19 pelo espanhol Pedro Felipe Monlau sob o pseudônimo D. Dimas Camándula, pode atravessar os próximos séculos sem perder uma linha de sua desconcertante atualidade. Afinal, trata de um tema que jamais saiu da berlinda em toda a história e parece revigorar-se a cada dia: a propensão humana ao roubo, que, para o autor, é inata e comum a todos os mortais. Ele provoca: “Que homem não haverá infringido sequer uma vez em sua vida o sétimo mandamento?”.
A obra faz uma análise do processo de construção do humor nas obras infantis de Monteiro Lobato, o qual, dessa maneira, reinventa a linguagem literária, projetando com esse recurso as contradições da experiência humana na literatura. O estudo é feito considerando aspextos como: narrador, linguagem, exploração dos recursos semânticos, nonsense, paródia, comparações inusitadas, ironia, cômico da situação, inversão/subversão, grotesco e personangens.
Estão reunidos nesta obra 28 estudos, em que Fulvia M. L. Moretto percorre pontos cruciais da literatura francesa, apresentando e discutindo aspectos fundamentais de autores e obras que vão do século XVIII ao século XX. Citem-se, entre outras, as admiráveis análises de Diderot, Lamartine, Zola, Baudelaire, Jules Laforgue, Dujardin, André Gide, Jean Cocteau, Jacques Prévert, Jean-Paul Sartre, Paul Valéry, Simone de Beauvoir e Marguerite Yourcenar.