DEPOIMENTOS E ESTUDOS
Este livro investiga a relação entre intelectuais lusos e a cultura nacional, com destaque para os nomes de Jorge de Sena, Sidónio Muralha, Adolso Casais Monteiro, Agostinho da Silva, Eudoro de Sousa, Ferreira de Castro, Manuel Rodrigues Lapa e Vitorino Nemésio.
Autor deste livro.
O mais recente título da coleção Revoluções do Século XX apresenta ao leitor o movimento de maior importância da história recente de Portugal. Mais conhecida como a Revolução dos Cravos, o levante iniciado em 25 de abril de 1974 pôs um fim ao regime de António Salazar, responsável por uma das mais duradouras ditaduras que se tem notícia no mundo ocidental.
Este livro não faz uma sinopse da Revolução Francesa. Foi escrito como um ensaio que não busca resumir o que se conhece sobre o tema, mas sugerir dúvidas e interrogações.
"São as múltiplas relações entre inscrição e esquecimento, entre traços duráveis e escritas efêmeras, que este livro deseja elucidar, detendo-se na forma segundo a qual essas relações foram registradas por algumas obras literárias, de diferentes gêneros, lugares e tempos. Trata-se, portanto, para nós, ao abordar essas obras antigas, de cruzar a história da cultura escrita com a sociologia dos textos. Definida por D. F. McKenzie como 'a disciplina que estuda os textos como formas conservadas, assim como seus processos de transmissão, da produção à recepção', a sociologia dos textos visa a compreender como as sociedades humanas construíram e transmitiram as significações das diferentes linguagens que designam os seres e as coisas. Ao não dissociar a análise das significações simbólicas daquela das formas materiais que as transmitem, tal abordagem questiona profundamente a divisão que separou, por muito tempo, as ciências da interpretação e da descrição, a hermenêutica e a morfologia."
Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a idéia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior do que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e vêem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.