Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a idéia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior do que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e vêem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.
Autor deste livro.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.
Uma historiadora brasileira, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e pesquisadora-associada do Centre of Latin American Studies da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, entrevista nove dos principais representantes da chamada Nova História - os ingleses Jack Goody, Asa Briggs, Keith Thomas, Peter Burke e Quentin Skinner, os norte-americanos Natalie Zemon Davis e Robert Darnton, o francês Daniel Roche e o italiano Carlo Ginzburg. Ao tratar da formação, da área de interesse, das influências e predileções intelectuais e dos métodos de abordagem desses gigantes da historiografia, as entrevistas evidenciam as convergências e divergências entre eles e traçam um painel bastante abrangente das preocupações e dos rumos dos estudos historiográficos contemporâneos.
Em um dos mais completos trabalhos sobre a obra máxima de Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala, o autor Fernando Nicolazzi nos leva a entender mais precisamente a produção deste marco da historiografia nacional. Um estilo de História, que é originado da tese vencedora do Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães de Teses de Doutorado na área de História/Anpuh, 2010, é uma análise da forma com que Freyre se valeu da viagem, do ato de se colocar no lugar daqueles que presenciaram a construção da História, para desenhar um panorama da família, da cultura e da sociedade brasileira.
"História da leitura descreve o ato da leitura, seus praticantes e os ambientes sociais em que estão inseridos, além das diversas manifestações da leitura em pedras, ossos, cascas de árvore, muros, monumentos, tabuletas, rolos de papiro, códices, livros, telas e papel eletrônico. ... Apesar de a leitura e a escrita estarem plenamente relacionadas, a leitura é, na verdade, a antítese da escrita. Cada uma ativa regiões distintas do cérebro. A escrita é uma habilidade, a leitura, uma aptidão natural. A escrita originou-se de uma elaboração, a leitura desenvolveu-se com a compreensão mais profunda pela humanidade dos recursos latentes da palavra escrita. A história da escrita foi marcada por uma série de influências e refinamentos, ao passo que a história da leitura envolveu estágios sucessivos de amadurecimento social.