VIVER NA RUA E NO PROJETO CASA
Livro cujas reflexões remontam a cinco anos de percurso de pesquisa que envolve meninos e meninas de rua. Embora, nesse período, muitos ajustes tenham sido realizados na política direcionada às crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, a autora refere-se ao problema social, ao conhecimento das razões pelas quais há meninos e meninas que ficam nas ruas, fora da escola, distantes de suas famílias e dos programas sociais, trabalhando, pedindo ou mesmo só perambulando ou brincando. Aborda a indignação e o compromisso de todos, na qualidade de cidadãos, de melhor compreender, na tentativa de reverter as condições desumanas em que vive a maioria das famílias brasileiras e, por extensão, a grande parcela de crianças com fome humana de comida e de pertencimento social. A intenção da autora, mais do que ensino, foi oferecer aos educadores sociais suporte, respaldo reflexivo e didático para o seu fazer cotidiano, compartilhar as angústias demandadas pelo processo de conhecer e os desafios emergentes a cada encontro com os meninos. Procurou apreender os sentidos que atribuíam às suas histórias de vida, conhecer seus sonhos, medos; saber que imagens tinham da escola e de suas famílias, de seus pais, dos educadores e, também, dos significados de viver nas ruas ou de participar do projeto Casa do Pequeno Cidadão.
Autor deste livro.
Os Congressos Estaduais Paulistas sobre a Formação de Educadores (CEPFE) vêm sendo realizados desde 1990 e têm dado ênfase especial à formação de profissionais de educação, nos níveis de ensino fundamental, médio e universitário. Tal conformação do Congresso produra ir além de questões próprias do padrão formal, para a abordagem de formação do profissional da educação embasada na crítica constante, capaz de dinamizar processos e resultados.
Em um percurso no qual se entrelaçam debates teóricos e metodológicos sobre alfabetização, Mortatti destaca o problema do método como objeto de estudo privilegiado da reflexão pedagógica no Brasil. Essa escolha serve de eixo a uma reconstrução da história da alfabetização, que vai do aparecimento da Cartilha maternal (1876) às pesquisas sobre psicogênese e ontogênese da língua efetuadas nos anos 1980.
A formação do leitor, o contexto da leitura e a produção literária para crianças e jovens no Brasil são as questões centrais desta coletânea, que oferece vasta matéria para reflexão sobre o assunto. O livro reúne artigos de pesquisadores do Grupo de Trabalho (GT) de Literatura Infantil e Leitura da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística (Anpoll), criada em 1984 para representar a área junto às agências de fomento e aos fóruns responsáveis pelas políticas de pesquisa e pós-graduação no país.
Este trabalho multidisciplinar tem como principal preocupação a formação do professor. Por isso, focaliza as duas realidades básicas de que seu trabalho depende: o aluno e a escola. Reúne contribuições de especialistas de grandes universidades brasileiras, que apresentam idéias relevantes e inovadoras, em relação aos temas tratados. A sua ênfase reside na diversidade da clientela que usualmente acorre às novas escolas e nos problemas específicos daí decorrentes. A escola e a classe social, a importância dos gêneros para a educação e o problema do negro na escola brasileira estão entre os assuntos abordados. No seu conjunto, descreve e explica determinadas condições de trabalho, mas também oferece indicações valiosas para sua melhoria. Trata-se de um livro oportuno para a atualidade pedagógica brasileira e constitui leitura obrigatória para profissionais da educação e para todos os que reconhecem a necessidade de refletir sobre ela.