Esta obra nasce como referência que condensa clara e precisamente o estado atual do conhecimento de pintura e gravura sobre rocha, formas de expressão de alguns povos pré-históricos. Trata-se de um inventário do conjunto de sítios com arte rupestre na Amazônia - Pará, que também alerta para o risco da destruição causada pelo vandalismo e pelo turismo predatório.
Autor deste livro.
Este é um estudo da organização social tuyuka. Seu horizonte teórico é o sistema social do Uaupés, a respeito do qual várias descrições de grande valor etnográfico já foram publicadas. As informações sobre os Tuyuka da área da fronteira Brasil-Colômbia contribuem para adensar o entendimento dos grupos Tukano Orientais e da região do alto rio Negro.
O objetivo desta pesquisa foi refletir sobre o movimento dos habitantes do rio Uaupés (afluente do rio Negro) em direção ao mundo dos brancos, buscando delinear o seu sentido segundo os princípios da sociocosmologia nativa. Ela dedica-se a pensar as transformações que ocorrem no modo de vida dos índios uma vez que eles deixam suas comunidades de origem, situadas ao longo de toda a faixa ribeirinha, e passam a residir na cidade de São Gabriel da Cachoeira. Ao se mudar para a cidade, a população indígena realiza um movimento de descida dos rios Uaupés e Negro para se fixar no curso médio desse último. Parte do pressuposto de que uma reflexão sobre o movimento dos habitantes do Uaupés em direção à cidade precisa considerar, de um lado, suas implicações para as relações sociais e o modo como ele se vê implicado por elas; de outro, as concepções cosmológicas que informam a imagem dos índios sobre si mesmos e sobre os brancos.
Fornecer informações sobre detalhes da evolução humana, demonstrando que ela é uma série complexa de ocorrências explicável por alguns princípios evolucionistas gerais, é o objetivo deste livro, que traz importantes dados sobre a existência de antepassados humanos, como o australopitecos, o Homo erectus e o homem de Neanderthal. Questões filosóficas derivadas das teorias de Charles Darwin e a ecologia que embasa a biologia e a evolução humanas são abordadas. Também há a discussão de intrigantes e desafiadoras perguntas sobre a singularidade humana relacionadas ao nosso comportamento, como a inteligência, a cultura, o comportamento social e a linguagem.
Compreender a complexidade cultural dos povos e culturas indígenas que habitam a Amazônia é um desafio. Esta obra, boa parte baseada em pesquisa de campo, enfoca o conflito fundiário envolvendo os Macuxi, em Roraima, no período que vai da década de 1970 à de 1990. Permite, assim, uma discussão aprofundada sobre a ação das organizações indígenas para defender seus interesses e para formular projetos étnicos.
Este livro busca restituir as ligações que o cauim apresenta com diferentes aspectos da vida social Yudjá, oferecendo ao mesmo tempo uma análise de um sistema sociocosmológico e um mapa da condição humana. A autora realizou cerca de vinte meses de trabalho de campo etnográfico em aldeias Yudjá (na Terra Indígena Parque Indígena do Xingu, MT) e mais seis meses com famílias Yudjá que se achavam em Brasília, Rio de Janeiro ou Canarana. A substância do material apresentado neste livro foi reunida nos anos de 1984-1985, 1988-1989 e 1990. O livro é uma versão abreviada, remanejada e parcialmente reescrita da tese de doutorado da autora.