Em um dos mais completos trabalhos sobre a obra máxima de Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala, o autor Fernando Nicolazzi nos leva a entender mais precisamente a produção deste marco da historiografia nacional. Um estilo de História, que é originado da tese vencedora do Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães de Teses de Doutorado na área de História/Anpuh, 2010, é uma análise da forma com que Freyre se valeu da viagem, do ato de se colocar no lugar daqueles que presenciaram a construção da História, para desenhar um panorama da família, da cultura e da sociedade brasileira.
Aqui, Fernando Nicolazzi mostra como Casa-Grande & senzala, publicado em 1933, se tornou a nova referência para a representação do passado após o sucesso de Os sertões, de Euclides da Cunha. O autor compara as duas obras e realiza um estudo que vai além, procurando, através de documentos e de uma extensa pesquisa, indícios do método de recriação da história utilizado por Gilberto Freyre. Por estes e por outros motivos, o livro de Fernando Nicolazzi traz novas reflexões sobre um título já antológico.
Autor deste livro.
Peter Burke é um dos principais nomes da nova história britânica e especialista em história moderna européia. Neste volume, ele retorna às questões de método para apresentar as tendências recentes da prática historiográfica. Reunindo textos de alguns dos mais importantes historiadores contemporâneos, Burke oferece um painel geral das perspectivas e desafios do saber histórico do século XX.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.
Philippe Ariès (1914-1984) produziu os oito ensaios que compõem esta obra entre 1946 e 1951, sob o impacto da Segunda Guerra Mundial. No livro, ele reflete sobre a História a partir de experiências pessoais, autobiográficas, e analisa as diversas concepções da História então existentes – conservadoras, marxistas, científicas e existenciais.
Neste livro, a autora definiu os horizontes e as fronteiras do saber histórico escolar. Com o intuito de fundamentar a epistemologia do conhecimento histórico, a pesquisadora faz um significativo balanço historiográfico, cruzando-o com os princípios do nascimento da história como um campo de saber escolar. Ela se reporta ao século XIX, quando a História adquire uma identidade epistemológica e se afirma como um campo disciplinar voltado para a educação, com objetivos bem definidos: a formação da cidadania e de uma identidade nacional.