Obra de rara oportunidade que propicia o conhecimento da realidade dos sem-terra para além da caricatura muitas vezes veiculada pela mídia. Podem ser acompanhadas as chegadas e partidas, venturas e desventuras, os sonhos feitos e desfeitos de personagens típicos desse universo, a partir de seus depoimentos, realizados em acampamentos, barracas de lona preta e assentamentos. Com o objetivo de discutir a questão da posse da terra no Brasil e as novas perspectivas políticas ligadas à questão agrária do país, a autora não perde de vista as raízes históricas do processo, seus matizes e a diversidade de tensões que o modulam.
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Importante estudo sobre as condições sociais que ocasionaram o surgimento do(a) bóia-fria, no início da década de 1960, e seu desaparecimento neste fim de século, em virtude do ertiginoso processo de modernização que vem suprimindo milhares de postos de trabalho.
Anthony Giddens, mais uma vez, contribui, de forma ousada, para o debate contemporâneo das Ciências Humanas. Nesta nova, o autor inglês se preocupa basicamente com a definição dos rumos metodológicos da investigação científica nas Humanidades, com a reformulação da teoria crítica e com o estabelecimento de novas bases para a idéia da modernidade.
Este livro tem como ponto de partida o período que se inicia com a redemocratização do país em 1945, após oito anos de regime ditatorial, configurados no chamado Estado Novo. No presente volume, apresentamos alguns artigos que permitem dar um panorama, ainda que parcial, do que foram as lutas camponesas desde o final da década de 1940 até meados dos anos 80. Os textos fornecem um rico panorama das lutas no campo e suas nuances, fazendo desfilar um conjunto heterogêneo de personagens, que mostram quão diverso é o leque de configurações, variáveis no tempo e no espaço, que a categoria campesinato abrange.
O objetivo deste livro é mostrar que as lutas camponesas são sinais da resistência do campesinato contra a desterritorialização. Compreendendo o território como espaço de realização da vida, em suas diferentes dimensões (econômicas, sociais, culturais, políticas etc), entende-se melhor não só a existência de diferentes formas que o campesinato assume, como também a diversidade de lutas que se verificam no campo, com o sentido de garantir a existência dessa categoria social num contexto em que ocorre intenso processo de expropriação. Para resistir a esse processo, o campesinato procura se reterritorializar de diversas formas, que se modificam, avançam ou refluem conforme as conjunturas econômicas, sociais e políticas.
Os 14 ensaios que constituem esta obra, a 12ª da série Pequenos escritos políticos, contribuem para o reconhecimento de Jürgen Habermas como intelectual público no Brasil. No país, a maior parte de suas análises da conjuntura social e política e avaliações sobre o estado da democracia na Europa ou no mundo permanecem praticamente desconhecidas do público, principalmente por estarem disponíveis apenas em alemão.