Obra inédita, estudo precursor sobre o mundo homossexual em São Paulo, apresentado em 1960, na forma de monografia, de autoria do sociólogo Barbosa da Silva, orientada por Florestan Fernandes, e apresentada a uma banca composta pelo orientador, por Otavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso. Traça o perfil da comunidade homossexual na cidade de São Paulo, incluindo hábitos, concentração no espaço urbano, perspectivas e frustrações, além de vocabulário característico. Reúnem-se ensaios que discutem e atualizam a monografia e relatos dos percalços em localizar e resgatar seus originais. Ao analisar o meio acadêmico da época e mostrando como o conhecimento sobre o ambiente intelectual e social em que viveu o autor ajuda a entender como se deu a incorporação da homossexualidade pelo olhar sociológico no Brasil, completam este livro dois artigos, considerados clássicos. O primeiro, com o mapeamento das territorialidades marginais de São Paulo; o segundo, um estudo da importância da criação de novas identidades e formas de organização da comunidade homossexual.
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Ganhadora de dois prêmios, o Hubert Herring, do Conselho de Estudos Latino-Americanos na Costa do Pacífico (EUA), e o da Fundação Paul Monette para o melhor trabalho na área dos estudos gays e lésbicos, esta obra traça a evolução do comportamento e da cultura dos homossexuais masculinos no Rio de Janeiro e em São Paulo ao longo do século passado. Ao mesmo tempo, lança nova luz sobre a visão que a sociedade como um todo tinha dos homossexuais. Os homens que se fantasiavam de mulher e os bailes gays no carnaval alimentaram uma falsa imagem de tolerância para com o homossexual. James N. Green, professor de História da América Latina da California State University, reúne uma vasta documentação que demonstra o preconceito de todo dia existente sob o véu enganoso da permissividade carnavalesca.
Organizada por um dos maiores especialistas no tema "Orçamento Participativo" no Brasil, esta obra combina pesquisa original, pesquisadores reconhecidos com orientações teóricas diversificadas e amplo e complexo leque de questões. Examina o universo da participação na cidade de São Paulo, abordando: o associativismo paulistano, popular e religioso; os vínculos institucionais das organizações com partidos e governos; a questão cultural, analisando as relações entre a cultura política e as experiências associativas; as novas tendências democráticas da vida brasileira; os limites e possibilidades que as diferentes instâncias demonstram nas suas experiências concretas na cidade, em relação aos Conselhos Gestores de Saúde e ao Orçamento Participativo. Aborda, também, os instrumentos jurídicos de criação e regulamentação dos conselhos municipais e as mudanças nas concepções de planejamento urbano, que se abrem ao princípio da participação da sociedade.
O trabalho do sociólogo Octávio Ianni é analisado com base em suas diversas contribuições no campo da política, da cultura e da sociologia. Dentre os colaboradores desta coletânea estão seus mestres Florestan Fernandes e Antonio Candido, além de pesquisadores do porte de Gabriel Cohn e Renato Ortiz.
A metrópole de São Paulo vem se tornando mais heterogênea econômica, social e espacialmente e menos desigual em termos de renda, inserção no mercado de trabalho e condições de vida de seus habitantes, mesmo nas áreas mais precárias. A imagem emerge dos 13 ensaios que compõem esta obra, os quais abordam temas específicos, a partir de um diagnóstico comum, para construir um panorama atual da região metropolitana.
Ao abrir este livro, o leitor verá a tentativa bem conduzida de caracterizar momentos importantes na evolução do capitalismo e do espírito burguês e, depois, nos embates que estes sofreram dos grandes movimentos revolucionários do nosso tempo. Simultaneamente, verá o esforço de reconhecer, na diversidade dos tempos e dos caminhos da história, algumas constantes que permitem localizar o processo desfechado na ideia e na prática da planificação econômica. Com honestidade e heterodoxia, longe de dogmas e preconceitos, o autor circula entre fatos históricos, sociais e econômicos com uma formosa liberdade, manifestando a cada instante uma equação pessoal que não se quer omitir e que atua como presença fecundante.