A obra de Abelardo distribui-se em várias direções: teologia sistemática, exegese bíblica, sermões, ética, lógica, sem esquecer a poesia e as cartas. Não seria exagero dizer que ele teve papel de destaque em todos estes setores. No que diz respeito à lógica, Abelardo nos deixou quatro textos: Introductiones dialecticae, Logica "Ingredientibus", Logica "Nostrorum petitione sociorum" e Dialectica. Trata-se do mais importante monumento ligado à chamada "Lógica velha". Este volume, Logica "ingrendientibus", pode ser dividido em três grandes partes. A primeira é constituída por considerações gerais sobre a lógica e a filosofia. A segunda contém um comentário literal da introdução da Isagoge. A terceira, na qual nos deteremos com mais vagar, é justamente uma investigação sobre as perguntas de Porfírio com o objetivo de respondê-las.
Autor deste livro.
A lógica de primeira ordem tem poder expressivo suficiente para formalizar praticamente toda a matemática. Uma teoria de primeira ordem consiste em um conjunto de axiomas e de sentenças dedutíveis a partir deles.
Os três ensaios que compõem esta obra foram escritos em estilos diferentes. "Um Ensaio sobre Scians" seguiu o estilo aforístico, adotado por Francis Bacon e William Whewell, estilo de exposição que leva em consideração o interesse do leitor, já que a subdivisão em tópicos desobriga-o de ler sobre assuntos que não o interessam. O segundo, "A Descoberta Científica Pode Ser Premeditada?", começa com uma conferência proferida em 5 de junho de 1980, no encontro que reuniu a American Philosophical Society da Filadélfia e a Royal Society de Londres. Já o principal ensaio, "Os Limites da Ciência", é para justificar a incapacidade da ciência de responder as questões últimas, repetidamente referidas neste ensaio, as quais o autor demonstra estarem além da competência explanatória da ciência, apesar de a considerar um grande e glorioso empreendimento, o mais bem-sucedido argumento no qual o ser humano já se engajou.
Em formato de prédicas morais, esta obra – que pode ser considerada uma das pioneiras, na Era Moderna, entre as definidas hoje como de auto-ajuda – emerge em meio à efervescência criativa que caracterizou os meados do século 18, num contexto de ascensão da corrente filosófica moralista e aforismática na Inglaterra e na França.
Este livro é uma defesa a um só tempo lúcida e apaixonada da razão. Nele, como o próprio título diz, um dos mais influentes filósofos norte-americanos da atualidade se questiona sobre o modo como as tentativas de compreender e de justificar chegam a um termo. Aos que defendem a perspectiva subjetivista, segundo a qual a primeira pessoa, do singular ou do plural, se esconde no interior de tudo aquilo que dizemos ou pensamos, Thomas Nagel contrapõe o ponto de vista racionalista, de acordo com o qual a razão pode servir de instância de apelação não só contra as opiniões transmitidas e os hábitos da comunidade, mas também contra as peculiaridades de nossa perspectiva pessoal. Indo de encontro às diversas formas contemporâneas de subjetivismo e de relativismo, o autor sustenta que a idéia de razão remete a métodos de justificação não localizados e não relativos - métodos que distinguem entre universidade legítima e inferências ilegítimas, e que almejam atingir a verdade em sentido não relativo.
Monk & Raphael montam um painel geral da história da Filosofia, no qual os autores mais influentes são analisados pelos comentadores de maior prestígio em cada área. O objetivo desta coleção é, assim, apresentar ao leitor o pensamento dos principais nomes da Filosofia, por meio de textos ao mesmo tempo rigorosos, elucidativos e concisos. A estratégia aqui é concentrar as análises nos eixos básicos que articulam as obras em questão. Dessa forma, cada filósofo é introduzido pela elucidação de suas principais posições.