NOVALIS E O FRAGMENTO LITERÁRIO
Este trabalho objetiva definir o que significou o fragmento literário para o pensamento filosófico e teórico do Primeiro Romantismo Alemão, como o mesmo fragmento configurou-se numa forma original de expressão e de que maneira ele se aproxima da poiesis, apagando os limites entre criação artística e reflexão teórica. Com os primeiros românticos, sobretudo Novalis e Schlegel, a idéia de crítica literária perderá muito de sua característica judicativa, isto é, uma obra de arte já não deveria ser entendida, analisada ou julgada através de um conjunto de valores pré-definidos, fundamentados no gosto ou nas normas vigentes nos mais diferentes tratados estéticos de composição. Assim, notadamente em Novalis, surge o fragmento literário, uma espécie de estrutura aforística, que encontra sua forma na herança do pensamento filosófico greco-latino, sobretudo, nas grandes ruínas textuais do pensamento pré-socrático. Mediante o fragmento literário, Novalis revê o ideal de crítica com base em uma linguagem criadora: a poiesis original, que se amalgama à linguagem teórica e potencializa os sentidos da crítica, que passa a atentar para a estrutura e as características singulares de cada obra, e não mais se permite guiar por um conceitual padronizado, prefixado, com suas normas, postulados e regras gerais.
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O livro mostra que a literatura não deve ser avaliada por uma pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura; a recepção da obra deve ter um fim em si mesma. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas estariam por uma teoria de valor.
Verifica o que pensavam sobre poesia os primeiros poetas brasileiros e como eles expuseram as suas idéias. Estimula o leitor a compreender melhor o contexto da produção poética colonial. Inclui uma antologia de poemas, prefácios, prólogos e dedicatórias de Bento Teixeira, Gregório de Matos, Manuel Botelho de Oliveira e Cláudio Manuel da Costa, entre outros poetas do período.
Escrito a muitas mãos – por professores e pesquisadores de diferentes instituições brasileiras – este livro, como seu título sugere, dedica um capítulo a cada título infantil do escritor, acompanhando a cronologia de lançamento de suas primeiras edições. Abrem o livro discussões breves sobre linguagem, imagens, ilustrações e práticas editoriais do escritor.
Apreender a principal obra de Maquiavel como texto. Esta perspectiva leva Arnaldo Cortina a analisar os mecanismos intra e interdiscursivos que operam nas leituras d'O príncipe. Partindo do contexto do aparecimento da obra e da apresentação dos recursos argumentativos que a estruturam, Cortina passa em revista os diferentes procedimentos que possibilitam múltiplas interpretações de um texto para demonstrar como eles podem abranger a trajetória de um dos grandes clássicos da filosofia política.
Esta é a primeira edição brasileira desta compilação das últimas aulas de Émile Benveniste no Collège de France, um dos livros menos conhecidos do célebre gramático e linguista. Lançado na França há apenas dois anos, Últimas aulas insere-se entre os trabalhos do autor que permaneceram à sombra de seus textos mais consagrados, entre os quais o clássico Problemas de linguística em geral.O livro, no entanto, também carrega a marca intelectual de Benveniste, impressa em quase todas as suas obras – uma aguda capacidade de polemizar.