Em São Paulo, o avanço da lavoura do café, tocada por força de trabalho imigrante, propiciou a abertura de centenas de patrimônios religiosos, futuras cidades, num primeiro momento adiante das plantações, e logo após, tendo as lavouras ao seu redor, em áreas de terras devolutas, consideradas nos mapas oficiais como ¨terrenos despovoados¨. O termo patrimônio religioso, ou mais comumente, ¨patrimônio¨, foi bastante usual até meados do século XX, para designar povoados cujas origens vieram de terras aforadas pela Igreja Católica. De certa forma, a denominação tornou-se sinônimo de povoado, vila ou pequeno aglomerado urbano, ao menos até que o mesmo fosse elevado à sede de município, quando a designação ¨cidade¨ seria usualmente empregada.
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Enfoca a formação das cidades paulistas criadas junto à antiga Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil - atual Novoeste, do início da construção da ferrovia, em 1905, até 1914, data que marca o término da ligação entre Bauru (SP) e Porto Esperança, no atual Mato Grosso do Sul. Nesse período, surgem, a partir das estações, povoados que apresentam certas constantes urbanísticas. Cidades como Lins, Penápolis e Araçatuba merecem análise detalhada. O autor verifica que nelas predominou, desde a sua origem, a lógica da especulação imobiliária e do lucro como base para a vida urbana.
Consideradas individualmente, as características morfológicas das cidades de origem portuguesa podem ser encontradas em outros contextos históricos e geográficos, mas só aparecem articulados na cultura lusitana. Tais caracterísitcas evoluíram ao longo do tempo conforme as múltiplas influências de outras culturas sobre a cultura portuguesa, as quais continuam perceptíveis nos elos que articulam as diferentes formas e concepções de cidade que delas resultam.
Como os teatros foram construídos para abrigar as mais diversas atividades culturais? Esta é uma das questões centrais deste livro de Paulo Roberto Masseran, que procura evidenciar como a produção artística exige a criação de novos espaços para sua consolidação como meio de expressão social. Para alcançar uma resposta, o autor parte da concepção dos teatros na Antiguidade clássica Greco-romana para explicar como foram estabelecidas tipologias para a arquitetura desses espaços, chegando, enfim, à análise dos teatros paulistas construídos entre o período do Segundo Império e da República Velha.
O espaço geográfico é parte condicionante e expressão de dinâmicas econômicas, políticas, enfim, de processos sociais como um todo, ou seja, enquanto a sociedade define-se econômica e politicamente, estabelecendo condições sociais, produz também o espaço em que vive com atributos que só podem ser compreendidos neste contexto geral. Pensar a espacialidade social é o intento deste livro, que busca os meandros da produção do espaço tendo como foco a condição humana e social de vida.
Trabalho contemplado com o 3º Prêmio Brasileiro "Política e Planejamento Urbano e Regional" - ANPUR, como melhor dissertação de mestrado defendida entre janeiro de 2002 e janeiro de 2003, agora transformado em livro. Aborda temas como a cultura urbana, modelos arquitetônicos, preservação e destruição da cidade e inova ao conciliar princípios filosóficos e arquitetura, com enfoque social para o tecido urbano, tomando por base a zona portuária da cidade do Rio de Janeiro.