FALÁCIA OU EFICÁCIA?
Em um trabalho contundente para a formação e os cuidados da infância, Luciano Antonio Furini reúne esforços para mostrar como é possível integrar redes sociais, assistência social à criança e ao adolescente e representações sociais. Isso sem ignorar a necessidade de unir teoria e prática, esferas pública e privada, para encontrar maneiras de criar um sistema realmente viável.
Para chegar a esse panorama geral, o pesquisador parte da situação no município de Presidente Prudente, em São Paulo, utilizando-o como amostra. Assim, o autor reflete sobre como é preciso mudar a concepção de que crianças carentes são uma ameaça e conclui que é preciso humanizar os espaços de proteção a esses indivíduos, de maneira a melhorar sua socialização. Se esmerando por um caminho difícil que ainda requer muitos estudos para alcançar um modelo ideal, Luciano Antonio Furini entrega um livro que traz contribuições para a assistência social.
Autor deste livro.
Este livro sustenta a centralidade da sociabilidade para a compreensão das condições de pobreza urbana, tanto no que diz respeito ao acesso a bens e serviços obtidos via mercado quanto no provimento aos indivíduos de elementos oriundos de trocas e apoio social. Embora essa afirmação possa parecer simples a um leitor não especialista, que considere evidente que o cotidiano dos indivíduos influencia as suas condições de vida, os principais debates acadêmicos sobre o tema foram construídos de tal forma que acabaram por apontar em outras direções.
O livro trata do estudo da pena e dos seus efeitos sobre o encarcerado, reconhecendo-se que as mazelas do sistema carcerário viabilizaram a constituição de poderes criminosos nas cadeias e fortaleceram o que se chama de poder paralelo, com regramento próprio de convivência entre os encarcerados e busca de atuação e influência em meios sociais fora do cárcere. Analisa, ainda, o poder do crime organizado e a questão da dignidade da pessoa que se encontra presa.
O tema central deste estudo é a análise e a reavaliação do que se convencionou chamar de "ideologia do branqueamento". A análise da "história do branqueamento" concentrar-se-á na comprovação de duas hipóteses interligadas. Primeira: o branqueamento não é, como comumente apontada pelos especialistas no assunto, uma invenção "genuinamente" brasileira que teria sido desenvolvida na virada do século XIX para o século XX. O autor pretende mostrar que o ideário de transformar negro em branco perpassou longos períodos históricos, em que o ideal do branco tem sido ressemantizado constantemente.
Livro que leva o título da conferência, seguida de debate, realizada no Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica (INRA), pode ser classificado como uma sociologia da produção científica que se vale da teoria dos campos sociais, para discutir questões relevantes. O autor acredita que a luta pela "verdade" científica no interior do campo é um jogo de lucros e perdas e que os "campos científicos" são o espaço de confronto necessário entre duas formas de poder que correspondem a duas espécies de capital científico: o social (ligado à ocupação de posições importantes nas instituições científicas) e o específico (que repousa sobre o reconhecimento pelos pares, também o mais exposto à contestação). Sob sua ótica, essas contradições podem ser ultrapassadas com a sociologia da ciência.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.