O autor Jack Goody faz aqui uma intrigante pergunta: o Renascimento foi apenas um, ou muitos? Por meio de um estudo comparativo, ele procura relacionar as eras douradas das culturas ocidentais e orientais, traçando paralelos entre o Renascimento italiano e o florescimento intelectual de outros países. O grande ponto de interesse de sua reflexão está no fato dele não ignorar a importância das contribuições europeias, mas de também procurar outros grandes desenvolvimentos despertados em outras partes do mundo.
Além da análise histórica, o trabalho de Goody também parte de um viés político. Com o ocidente cada vez mais assolado por uma onda de xenofobia, ele mostra as raízes das contribuições do Islã, da China e da Índia, entre outros povos, para a humanidade. Tenta comprovar, então, como a construção histórica do pensamento ocidental exclui a participação desses povos no enriquecimento intelectual do homem depois da Antiguidade, configurando assim uma obra rica para o entendimento das nossas heranças culturais.
Autor deste livro.
Mais do que uma simples biografia cronológica do homem cujo mito causa ainda forte impressão à humanidade, esta síntese transparente propõe uma reflexão sobre a vida, a obra e a herança de Napoleão, partindo do princípio de que atualmente é possível discutir o tema sem as paixões de antigamente e com o recuo do historiador.
A constituição de uma identidade - fazendo-se também pela definição do que se lhe opõe, isto é, da diferença - incorpora em sua bipolaridade as dimensões política e social porque nela, como salienta Jacques Derrida (1991), um dos polos é necessariamente privilegiado em relação ao outro e, de consequência, expressão de uma relação de poder. Stuart Hall retoma Derrida quando afirma que "a constituição de uma identidade social é um ato de poder (...) pois se uma identidade consegue se afirmar é apenas por meio da repressão daquilo que a ameaça".
Paolo Rossi faz aqui uma reflexão sobre o tema alimentação para demonstrar que o simples ato de comer está muito mais carregado de significados, culturais e antropológicos, do que se pode imaginar quando se se pensa em assuntos como dietas saudáveis, desnutrição e gastronomia, muito em voga atualmente.
Nesta obra clássica e indispensável sobre o tema da escravidão e dos movimentos abolicionistas dos séculos XVIII e XIX, o autor
Este livro, de Steven Roger Fischer, é um estudo profundo das ilhas por meio de um conceito que inclui a geologia (que lhes dá forma), a biologia (que lhes traz vida) e a cultura, por meio da qual adquirem significado. Sempre levando em conta a sinergia entre os três vértices, o autor volta-se principalmente à cultura, tentando aquilatar o significado das ilhas para os seres humanos, cujo desenvolvimento entrelaça-se desde os primórdios a essas formações.