CULTURA ESCOLAR, SABERES DOCENTES E HISTÓRIA ENSINADA
Neste livro, a autora definiu os horizontes e as fronteiras do saber histórico escolar. Com o intuito de fundamentar a epistemologia do conhecimento histórico, a pesquisadora faz um significativo balanço historiográfico, cruzando-o com os princípios do nascimento da história como um campo de saber escolar. Ela se reporta ao século XIX, quando a História adquire uma identidade epistemológica e se afirma como um campo disciplinar voltado para a educação, com objetivos bem definidos: a formação da cidadania e de uma identidade nacional.
Autor deste livro.
Em um dos mais completos trabalhos sobre a obra máxima de Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala, o autor Fernando Nicolazzi nos leva a entender mais precisamente a produção deste marco da historiografia nacional. Um estilo de História, que é originado da tese vencedora do Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães de Teses de Doutorado na área de História/Anpuh, 2010, é uma análise da forma com que Freyre se valeu da viagem, do ato de se colocar no lugar daqueles que presenciaram a construção da História, para desenhar um panorama da família, da cultura e da sociedade brasileira.
"História da leitura descreve o ato da leitura, seus praticantes e os ambientes sociais em que estão inseridos, além das diversas manifestações da leitura em pedras, ossos, cascas de árvore, muros, monumentos, tabuletas, rolos de papiro, códices, livros, telas e papel eletrônico. ... Apesar de a leitura e a escrita estarem plenamente relacionadas, a leitura é, na verdade, a antítese da escrita. Cada uma ativa regiões distintas do cérebro. A escrita é uma habilidade, a leitura, uma aptidão natural. A escrita originou-se de uma elaboração, a leitura desenvolveu-se com a compreensão mais profunda pela humanidade dos recursos latentes da palavra escrita. A história da escrita foi marcada por uma série de influências e refinamentos, ao passo que a história da leitura envolveu estágios sucessivos de amadurecimento social.
Este livro pretende ser uma leitura preliminar útil para universitários e para aqueles que desejarem ter uma visão atualizada da notável história da escrita. De central importância para o autor é o exame das origens, das formas, das funções e das mudanças cronológicas dos mais importantes sistemas de escrita do mundo. O modo como a humanidade hoje escreve e seu significado maior para a emergência da sociedade global pode ser mais bem apreciado pelo entendimento da origem da escrita, que vem a ser o tema deste livro.
Neste abrangente estudo Philippe Ariès investiga o comportamento humano diante da morte ao longo do último milênio nas sociedades ocidentais. A partir de uma perspectiva histórica, sociológica e até mesmo psicológica, ele analisa textos literários, inscrições lapidares, obras de arte, diários pessoais para mostrar que as atitudes em relação à morte, própria e dos outros, foram se transformando, de modo quase imperceptível, no decorrer do tempo, até se tornarem irreconhecíveis em relação aos séculos anteriores. A comparação entre a morte familiar e “domesticada” da sociedade cristã medieval e a morte repelida, percebida como negação absoluta e tornada oculta da Era Contemporânea, dão a medida justa dessa mutação.
A autora percorre a história de vida e de leitura de um grupo de escritoras brasileiras nascidas entre 1843 e 1916, como Maria José Dupré e Zélia Gattai. A literatura feminina e autobiográfica dessas mulheres é a base para identificar os seus percursos. Conquistar o direito à alfabetização, escolarização, profissionalização e participação na vida pública foi uma dura batalha para a mulher. Para conhecer a fundo esse universo, este livro se debruça sobre doze depoimentos produzidos por escritoras nascidas entre 1843 e 1916, vivendo em várias regiões do Brasil e com diferentes experiências socioculturais, como Carolina Nabuco, Maria José Dupré e Zélia Gattai.