Em meio à polêmica causada pelo ensaio Em defesa das mulheres, que integra o Teatro crítico universal,obra de caráter enciclopédico do filósofo beneditino Jerónimo Feijoo y Montenegro, surgiram na misógina Espanha do século XVIII um sem número de livros e artigos contra e a favor das mulheres. Entre estas últimas publicações merece destaque esta obra, de Juan
Bautista Cubíe, publicada em Madri em 1768, a qual permaneceu por gerações como uma síntese da memória da contenda.
O pano de fundo desses acontecimentos foi o processo de renovação pelo qual passou a sociedade espanhola no Século das Luzes, com a ascensão dos Bourbon ao trono, em meados dos anos 1700. As muitas transformações, inclusive culturais, do período, alcançaram também as relações entre os gêneros, numa Espanha em que a ancestral intolerância contra as mulheres havia se aprofundado ainda mais desde a Contra-Reforma (Concílio de Trento, 1563).
Cubíe, um erudito, criticava os preconceitos e as maledicências contra as mulheres, com base em conhecimentos de história e filosofia antigas, além de textos bíblicos, ressaltando que sua defesa não implicava um ataque aos homens. Para comprovar seus argumentos, ele arrolou, na última parte do livro, um repertório biográfico de mulheres ibéricas que se destacaram nas letras, ciências e armas.
Autor deste livro.
Pelo seu próprio papel questionador dos contextos sociais em que todo ser humano está inserido, a sociologia é uma ciência que recebe as mais diversas críticas, sendo acusada, por exemplo, de alienação de sérios problemas sociais ou de tratá-los de maneira excessivamente abrangente ao se valer de outras áreas do conhecimento. Nesta coletânea de artigos, Giddens, professor titular de Sociologia na Universidade de Cambridge, Inglaterra, sai em defesa de seu campo de conhecimento. Explica o que vem a ser uma ciência social e analisa as obras de Augusto Comte e Jürgen Habermas, entre outros sociólogos de renome.
Este livro é o resultado de um conjunto de entrevistas com personalidades reconhecidamente bem-sucedidas. Por meio desses relatos, as ansiedades e mudanças provocadas por essa nova situação são analisadas com o intuito de discutir a noção de sucesso. Dessa forma, Ray Pahl procura abordar um conjunto de questões ligadas à teoria das motivações, à relação cultura política e, de forma geral, à chamada "história da vida privada".
A idéia básica que permeia Redes e cidades é fornecer amplo e generalizado quadro sobre o conceito de rede geográfica, cuja materialização e expressão mais completa é a rede urbana, tanto do ponto de vista histórico, como esta vai se organizando, historicamente, no caso brasileiro, em relação à rede de internet, expressão mais disseminada da articulação entre as novas tecnologias de informação e o cotidiano de pessoas e empresas, sem se esquecer do cotidiano do poder político, constituído pelos governos que regulam e regulamentam as relações sociais de produção. O panorama apresentado não tem, como objetivo, esgotar as análises sobre a temática mas, sobretudo, articular as características mais evidentes da rede urbana com as características das cidades em rede, com destaque para as metrópoles, salientando como exemplo São Paulo e alguns aspectos da rede urbana brasileira.
Jean-Paul Willaime recorre a abordagens como as de Weber e Durkheim e aos debates atuais sobre as questões religiosas para mostrar, nesta obra, que as religiões são fatos sociais cuja análise possibilita melhor compreensão das sociedades e de seus processos de evolução. O livro destaca não as religiões em sua complexidade e diversificação, mas sim sua sociologia. Em outras palavras, em vez dos principais universos religiosos existentes, apresenta o modo como se construiu, progressivamente, através de uma pluralidade de olhares, um campo de estudo particular: a sociologia das religiões.
Andando na contramão das tendências contemporâneas nas Ciências Políticas, Bobbio demonstra, neste livro, a atualidade da distinção entre esquerda e direita. O ponto de ruptura encontra-se na diversidade dos modos de encarar o problema da desigualdade social e de traçar seus diagnósticos e prognósticos. Com isto, desvela-se a permanência de antigos conflitos por trás de novas situações socioeconômicas.