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Os ensaios deste livro do historiador François Dosse discutem, entre outras coisas, a questão da identidade nacional tal como ela orientou o discurso histórico francês até o começo do século XX e o seu abandono sob a égide das ciências sociais e do estruturalismo; a importância da hermenêutica de Paul Ricoeur para o historiador ou ainda as interpretações de Maio de 68 e a influência exercida por aquele acontecimento-ruptura sobre a disciplina histórica. O autor analisa também a trajetória de alguns dos principais representantes da Nova História, como Georges Duby, Fernand Braudel e François Furet, e se detém sobre luminares do pensamento estruturalista, como Roland Barthes, Jacques Lacan e Michel Foucault. Apesar da diversidade aparente dos temas, os textos retomam as preocupações de François Dosse para com o estruturalismo e suas relações com a história (e seu esfacelamento).
Os acontecimentos emergem meramente em consequência de determinadas causas ou, muito além disto, são geradores de novas possibilidades? Num exemplo: o peso histórico da queda da Bastilha, em 1789, provém dos fatos desencadeados ao longo daquele longínquo 14 de julho ou dos múltiplos reflexos daquela ruptura que continuam a influenciar as sociedades contemporâneas?
História de Roma traz a ascensão e queda de um dos grandes impérios da humanidade pelas palavras do historiador francês Pierre Grimal. O autor aborda, neste livro, toda a trajetória desta cidade que posteriormente dominaria a Europa e partes da Ásia e da África.
Nesta obra sobre os grandes nomes que contribuíram para a escrita da História, o leitor irá descobrir como o estudo desta disciplina se desenvolveu de acordo com os olhares diversos desses intelectuais. Ao longo de dezenove capítulos, cada um dedicado a um historiador, é possível ainda ter um panorama de suas produções, percebendo-se as contribuições dadas para a composição desta ciência.
O ateísmo é tão antigo quanto as religiões, que durante muito tempo o moldaram e perseguiram. No entanto, se existem estudos profundos e abundantes acerca da história das religiões, impera um vazio historiográfico sobre a descrença. Esta obra, de Georges Minois, é uma contribuição seminal para o preenchimento dessa lacuna, para ele fruto, principalmente, da conotação negativa que se atribuiu ao ateísmo ao longo dos séculos. Tal conotação estampa-se já nos termos usados para designá-lo, constituídos de prefixos privativos ou negativos - a-teísmo, des-crença, a-gnosticismo, in-diferença. E ainda na intolerância da cultura ocidental em relação ao descrente - 'A palavra ateu ainda carrega um vago odor de fogueira', escreve Minois. Monumental, a pesquisa abrange desde os povos primitivos até a cultura ocidental do século 21, mostrando que a história do ateísmo não é linear - não parte de um cenário exclusivamente religioso para chegar a um trunfo absoluto da descrença. Ao contrário, demonstra Minois, ateísmo e fé convivem lado a lado na trajetória humana, contrapondo-se, como duas faces da mesma moeda. Suas feições, porém alternam-se através do percurso.