Publicada pela primeira vez em português, esta obra busca introduzir músicos e estudantes de música em geral nos conceitos teóricos básicos da música pós-tonal dos séculos 20 e 21. Comparada com a teoria tonal, iniciada há quatro séculos, a teoria pós-tonal ainda vive sua infância, mas experimentou crescimento prodigioso e demonstrou grande potência nas últimas três décadas. Nesse ambiente, segundo o autor, emerge um amplo consenso entre os teóricos acerca dos elementos básicos da música pós-tonal – nota, intervalo, motivo, harmonia, coleção –, que ele relata neste livro.
Nesta terceira edição, porém, a obra explora bem mais do que os conceitos básicos, os quais atualiza, oferecendo ao leitor adicionalmente informações sobre muitos dos desdobramentos recentes da teoria pós-tonal. Assim, inclui aspectos teóricos novos, como gráficos e redes transformacionais, teoria dos contornos, projeção compositiva, condução de vozes atonais, espaço de notas atonal, pós-tonalidade triádica e ciclos intervalares.
Sem pretensão de ser abrangente, esta edição, contudo, examina uma gama muito mais ampla de compositores e estilos musicais em relação às duas anteriores. Embora enfoque principalmente o repertório “clássico” pré-guerra de música (Schoenberg, Stravinsky, Bartók, Webern e Berg), recorre também a Adams, Babbitt, Berio, Boulez, Britten, Cage, Carter, Cowell, Crawford, Crumb e Debussy, entre vários outros artistas, para ilustrar os conceitos teóricos.
Autor deste livro.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
O autor, após seis anos de pesquisa, compila, neste dicionário, um amplo repertório terminológico, que abrange um universo de centenas de instrumentos, milhares de composições e de manifestações populares, assim como inúmeras técnicas de execução.
O autor deste livro, Paulo de Tarso Salles, que atua como compositor, professor e violonista, examina as variadas definições e implicações ideológicas, sociológicas e políticas do conceito de pós-moderno para então discutir a música erudita brasileira produzida entre as décadas de 1960 e 1980, levantando os debates que alimentaram sua realização. Um trabalho original de uma também original perspectiva metodológica de abordagem da música erudita brasileira, sob uma visão lúcida e abrangente, extremamente útil na articulação das principais questões sobre o rumo tomado pelos músicos desde 1950.
No panorama contemporâneo, talvez nenhum criador possa igualar-se à importância teórica de Henri Pousseur. Em que pese o fato de que alguns dos conceitos mais importantes para o embasamento de suas teorias e de sua prática compositiva não sejam sempre exclusivos de seu pensamento, noções como polarização, omnipolaridade ou multipolaridade, direcionalidade, projeções e redes harmônicas, citação musical como recurso metalingüístico, periodicidade e aperiodocidade, diagonalidade harmônica, sobredeterminação, entidades harmônicas, entre muitos outros, seriam impensáveis, no amplo espectro de suas significações, sem os escritos de Pousseur.