O mais ambicioso estudo sobre os últimos 30 anos do mercado editorial,este livro esquadrinha a lógica de exploração do campo das publicações comerciais de língua inglesa nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, desde a década de 1960. E proporciona uma reflexão sobre a influência dos desdobramentos dessa lógica na cultura literária e intelectual daqueles países ao longo dos anos.
John B. Thompson,acompanha as transformações do segmento, tanto no que concerne a formatos e conteúdos, quanto a modelos de negócios e estratégias de marketing e distribuição, apresentando os desafios contemporâneos a essa indústria, hoje às voltas com o debate sobre o alcance do livro digital em relação ao impresso, os reflexos da era digital na cadeia produtiva, o processo em curso de super concentração das vendas no varejo on-line.
De acordo como o autor, há três aspectos cujo domínio é crucial para a compreensão da lógica do mercado das publicações comerciais: o crescimento das redes varejistas e a transformação mais ampla e em curso do varejo de livros; a ascensão do agente literário como “porta de entrada” dos autores nas editoras; a emergência de corporações editoriais transnacionais, originárias de sucessivas ondas de fusões e aquisições iniciadas na década de 1960, que ainda continuam se realizando.
A obra investiga esses aspectos de forma profunda, mostrando porque a transformação radical do varejo, em especial, desde os anos 1960, vem influenciando de modo agudo e crescente a escolha dos conteúdos. O comércio de livros se expandiu largamente desde aquela época: deixou as pequenas livrarias de rua, ganhou incontáveis lojas em shopping centers, agigantou-se com as mega stores, invadiu as gôndolas dos supermercados e, mais recentemente, as vitrines virtuais.
Tal expansão transformou editoras e autores em quase reféns da necessidade de gerar lucros cada vez mais altos. Eles passaram a se concentrar na busca de títulos com potencial para virar produtos âncora, que ao mesmo tempo assegurassem vendas elevadas e permitissem “rentabilizar” as estruturas de marketing e comercialização das empresas. Desenvolveu-se um processo de produção de best sellers, ainda que as editoras não tenham como saber quando, de fato, determinado título se tornará um fenômeno de vendas.
Para o autor, os movimentos a ações dos agentes e organizações do campo de publicações comerciais nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha podem muitas vezes parecer bizarras. Mas, na verdade, têm sim uma lógica – que ele procura desvendar nesta obra.
Autor deste livro.
O norte-americano Donald Richie é considerado o maior especialista vivo em cinema e cultura japoneses. Aqui ele utiliza seu vasto conhecimento para traçar o perfil não só de pessoas famosas, mas também de pessoas comuns do Japão; de gente ligada à sétima arte, como os diretores Akira Kurosawa, Yasujiro Ozu e Nagisa Oshima, ou o ator Toshiro Mifune, mas também de Sada Abe, mulher que estrangulou e emasculou o amante, servindo de inspiração para o filme O Império dos Sentidos. Há ainda o grande mestre zen Daisetz Suzuki e escritores, como o Prêmio Nobel de Literatura Yasunari Kawabata e Yukio Mishima, entre muitos outros que, "com suas qualidades e idiossincrasias", como escreve a tradutora e também estudiosa de cinema Lúcia Nagib, "constróem o retrato do Japão".
Ao reproduzir as dez edições do periódico Os Ferrões, que circulou no Rio de Janeiro em 1875, este livro oferece um manancial de informações de caráter histórico e social sobre o Brasil e o mundo no período do Segundo Reinado, além de trazer à tona um interessante capítulo da história da imprensa no país.Sob a batuta de José do Patrocínio, que se tornaria uma das figuras mais proeminentes dos movimentos Abolicionista e Republicano, e de Demerval da Fonseca, que nos anos seguintes se destacaria na vida pública brasileira, o jornal alinhava-seà imprensa satírica que então florescia na Europa.
Arte híbrida: entre o pictórico e o fotográfico apresenta aspectos históricos e técnicos, em que procedimentos e linguagens opõem-se, contaminam-se ou misturam-se.
Ao traçar um esboço histórico da genealogia da fala pública desde a Antiguidade à Idade Moderna na cultura ocidental e no Brasil nos séculos XVI, XIX e XX, o autor aborda o discurso político brasileiro contemporâneo produzido em contexto eleitoral e transmitido pela TV, mostrando as transformações por que passa o discurso político com o surgimento das novas tecnologias e o descompasso dos trabalhos analíticos que têm se debruçado sobre esse discurso ao não levarem em conta as novas relações entre práticas, representações e instrumentos técnicos. A obra propõe que o discurso político contemporâneo incorpore aos pressupostos teóricos da Análise do Discurso a Semiologia histórica de acordo com Courtine.
Neste livro, as autoras abordam a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo de produção dos impressos, as mudanças em relação à estrutura interna, distribuição e natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e especialização do jornalista, a crescente segmentação dos periódicos, que se destinam a públicos e setores sociais cada vez mais específicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e novas tecnologias, que vêem alterando profundamente não só o modo de operar das redações mas também o sentido e o lugar social atribuído à imprensa.