ESTUDO ANATÔMICO SOBRE O MOVIMENTO DO CORAÇÃO E DO SANGUE NOS ANIMAIS
A vida e a obra de William Harvey são o tema deste livro de Regina Andrés Rebollo, que também inclui a obra fundamental do médico e anatomista inglês, traduzida diretamente do latim. Harvey, que viveu no começo do século 17, quando ainda predominavam as concepções de Aristóteles acerca da anatomia, revolucionou a Medicina ao desvendar o sistema de circulação sanguínea.
A autora mostra um Harvey fortemente influenciado pelo ambiente intelectual da Universidade de Pádua, onde ele cursou Medicina durante seis anos, depois de obter formação de quatro anos em Artes. Naquela universidade concorriam duas grandes correntes filosóficas: um aristotelismo mais ligado à Escolae um aristotelismo menos “cristianizado”, o paduano, ambos consolidados nos século 16. Harvey adere ao Aristóteles dos tratados sobre os animais, dos Segundos Analíticos, da Filosofia Natural, encontrando ali um modelo de ciência e, especialmente, um método de descoberta e justificação.
Considerada por alguns o resultado da prática da chamada “ciência médica experimental”, da qual Harvey seria um dos precursores, a descoberta do sistema de circulação do sangue resultaria, para outros, da perspectiva filosófica de forte tradição aristotélica de seu inventor. Para a autora, o trabalho de Harvey refletiria o “hibridismo” de uma época notoriamente influenciada pelo modelo tradicional de ciência, mas, ao mesmo tempo, pontuada por novas descobertas científicas: “Harvey põe em prática um projeto de pesquisa em anatomia humana e animal que o conduz a uma nova descoberta [...]. Apesar disso, é suficientemente crítico para concordar apenas com as afirmações de Aristóteles que pudessem ser comprovadas por meio de suas próprias observações anatômicas.”
O livro apresenta uma síntese do De Motu Cordis, em que Havey relata o sistema de circulação sanguíneo, “por si só, um belo exemplar da literatura científica”. Também traz concepções anteriores sobre o tema, discute a importância da herança metodológica de Aristóteles, Galeno e Acquapendente (decisivas para a descoberta de Harvey) e contextualiza a influência da Filosofia Natural. Traça ainda um rico perfil do anatomista, que abarca sua infância como filho de um comerciante próspero do sul da Inglaterra, sua formação e sua obra.
Autor deste livro.
Jean Bernard apresenta, em seu instigante livro, um panorama único sobre o passado, o presente e o futuro da medicina e da saúde, combinando aspectos históricos, tecnológicos e bioéticos em sua abordagem. Suas previsões para o futuro da medicina e da saúde humana são embasadas num sólido histórico da medicina que, somado à preocupação ética do autor, faz deste livro uma obra de grande interesse no campo das ciências biológicas e sociais.
Este livro mostra, numa linguagem clara, como a biologia evolutiva surge ao longo dos séculos XIX e XX e apresenta seus principais conceitos, o contexto cultural e social na qual está inserida e as fronteiras atuais da busca do conhecimento sobre a evolução e a diversidade da vida no nosso planeta. Apresenta como a compreensão da biologia evolutiva é importante para desvendar a origem da AIDS, evitar mortes por infecção hospitalar e até entender a razão dos enjôos na gravidez, entre outros.
Este livro traz informações sobre plantas com potencial medicinal encontradas em áreas de cerrado do município de Botucatu, Estado de São Paulo. É resultado de um trabalho realizado entre abril de 2004 e julho de 2005, vinculado ao Projeto Temático "Estudos morfológicos, anatômicos, histoquímicos e ultra-estruturais em plantas do cerrado (sensu lato) do Estado de São Paulo", Programa Biota - FAPESP. Neste livro, algumas espécies medicinais dos cerrados de Botucatu, Estado de São Paulo, estão organizadas em ordem alfabética de família botânica e, dentro desta, em ordem alfabética de nome científico. Em cada página encontram-se os seguintes dados sobre cada planta: família a que pertence, nome científico, sinonímia (quando houver), nome popular, características da planta (hábito, porte, informações das folhas, flores e frutos, épocas de florescimento e frutificação quando observadas) e suas indicações terapêuticas com base na literatura consultada. O uso comprovado de cada planta é indicado somente quando informações sobre ensaios clínicos foram encontradas.
Nas últimas décadas, Cubatão tornou-se símbolo do caos e da devastação ambiental resultantes do crescimento desenfreado. Este livro, resultado da cooperação científica entre pesquisadores da UNESP, da Unicamp e do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, com apoio do CNPq, vem preencher a gigantesca lacuna existente entre as especulações e a constatação científica do arrasador efeito da poluição do ar, do solo e das águas, tornando-se referência obrigatória tanto para a comunidade ambientalista, quanto para os órgãos públicos responsáveis. E sem prejuízo de sua objetividade, representa também um apaixonado manifesto pela preservação da Mata Atlântica, constituindo-se, sem dúvida, em um marco na luta pela implementação de políticas ambientais efetivas.
Este livro constitui mais do que justa homenagem ao botânico dinamarquês Eugen Warming, que viveu no Brasil entre 1863 e 1866 e publicou, em 1892, Lagoa Santa, um marco na botânica brasileira por estudar, de modo pioneiro, o cerrado daquela região do Estado de Minas Gerais. Reúne desenhos, fotos e reproduções de páginas dos diários de Warming, além de ensaios de especialistas brasileiros sobre o cerrado. Inclui ainda fotografias da flora da região do também botânico Aldo Luiz Klein, expostas em Copenhague, em 1992, para celebrar o centenário do livro de Warming.