Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant’Anna esboçam aqui um retrato sensível da amiga Clarice Lispector. Por meio de ensaios e crônicas, alguns inéditos, eles falam da escritora e de sua obra ou tomam palavras dela para expressar outros sentimentos e ideias guardados desde o começo dos anos 1960. Clarice também fala em primeira pessoa neste livro, que inclui a transcrição de uma entrevista que ela concedeu a Affonso, Marina e João Salgueiro em 1976, um ano antes de sua morte. Na entrevista ela fala, fundamentalmente, de sua obra, em especial de sua última obra publicada em vida, A hora da estrela: “Não escrevo como catarse, para desabafar. Eu nunca desabafei num livro. [...] Eu quero a coisa em si”.
O livro se divide em três segmentos. O primeiro, “Com Clarice”, é uma sensível introdução à obra, com dois textos nos quais os amigos relembram carinhosamente facetas de seu convívio com a escritora. “De Marina para Clarice” e “De Affonso para Clarice”, segunda e terceira partes, compõem-se de diversas crônicas sobre a escritora produzidas ao longo das últimas décadas, além de três ensaios de caráter analítico sobre textos centrais de sua obra, como A maçã no escuro e A paixão segundo G.H.
Autor deste livro.
Este livro é resultado de uma pesquisa sobre a poesia lírica de Arquíloco, poeta grego do século VII a.C. Orientado por uma metodologia segura e atualizada, são destacados alguns aspectos filosóficos como, por exemplo, a "descoberta do indivíduo" e a "efemeridade humana", acompanhados por um estudo sobre a figura do guerreiro arcaico, armas táticas, narrativas marciais e metáforas de guerra. Trata-se de uma obra interdisciplinar que enfoca aspectos da filosofia e da história clássicas, ao lado dos da literatura.
Este livro propõe uma leitura política do conceito do trágico, numa tentativa de jogar luz sobre o desespero humano na era contemporânea, do chamado capitalismo tardio. Terry Eagleton parte da convicção de que um materialismo genuíno, que se opõe tanto ao relativismo historicista quanto ao idealismo, precisa levar em conta também os aspectos da existência que constituem as estruturas permanentes do ser humano, entre os quais está a realidade do sofrimento.
Este livro de Maria Lúcia Gonçalves Balestriero tem como primeiro e principal mérito voltar-se para um poeta de escassa fortuna crítica, embora reconhecido pelos grandes nomes de nossa crítica como uma voz original e significativa da poesia brasileira do século XX.
Conhecido dos brasileiros em especial por seus ensaios dedicados a Fernando Pessoa e por sua extensa colaboração com o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, o português Adolfo Casais Monteiro (1908-1972) deixou larga obra crítica e ensaística, cujos vários aspectos esta antologia procura contemplar.