Alessandra Dino retrata, nesta obra, o perfil e o estilo de comando dos três líderes mais recentes da Cosa Nostra e deixa claro que, contrariamente ao que muitos pensam, a organização mafiosa italiana que remonta ao século 19 está bem ativa e cada vez mais internacionalizada. O Brasil, inclusive, continua sendo um de seus destinos.
A resiliência da Cosa Nostra passa pela capacidade de adaptação de suas lideranças a novos contextos. Bernardo Provenzano, por exemplo, conseguiu manter-se por 40 anos no comando (foi capturado em 2006), graças, em particular, à sua capacidade de aliar a inerente crueldade da organização ao diálogo com as várias correntes mafiosas e políticas da Itália.
O tom conciliatório veio depois que o antecessor de Provenzano, Salvatore Riina, promoveu, entre o fim dos anos 1980 e o começo da década seguinte, uma das piores ondas de violência jamais vivida na Itália contemporânea, desencadeando uma reação do Estado que resultou em sua prisão, em 1993.
Hoje a Cosa Nostra seria dirigida principalmente por Matteo Messina Denaro. Foragido da polícia há mais de dez anos, o atual chefão parece ter assimilado perfeitamente as oportunidades trazidas pela globalização econômica, em que são tênues os limites entre o lícito e o ilícito. Com a leniência do meio político e empresarial, ele “investe” em ramos variados, como o turismo, a construção civil e a distribuição de alimentos no mercado internacional. Ao mesmo tempo, trata de cuidar da imagem, ao que tudo indica com auxílio de um consultor, para passar a ideia de que por trás do capo há um simples ser humano, cheio de dúvidas e angústias.
Autor de 2 livros disponíveis em nosso catálogo.
A estrutura dos textos - que pouco diferem das comunicações apresentadas na aula - segue o espírito, o percurso e os objetivos do seminário, assim como do projeto de pesquisa mais amplo em que o grupo de estudo trabalha há alguns anos. Sua articulação prevê a divisão em nove diferentes âmbitos temáticos. Quanto ao mérito dos conteúdos, a primeira parte do volume é dedicada ao aprofundamento de definições, modelos e características do crime de colarinho branco. Crime que, por sua própria natureza, é caracterizado como volátil e invisível, pela dificuldade intrínseca de ser percebido como tal, visto que é consumado nas fronteiras entre o lícito e o ilícito e concretizado por atores sociais poderosos, que têm condição de modificar a ordem normativa existente, influindo, conforme sua vontade, também sobre as correspondentes definições sociais.
Obra que procura dar sequencia ao livro anterior Conflitos internacionais em múltiplas dimensões ampliando a discussão sobre os conflitos na área de relações internacionais. São abordadas questões de direitos humanos, segurança internacional,o pós-11 de setembro, entre outros aspectos.
O objetivo deste livro é mostrar o processo histórico das lutas dos trabalhadores, isto é, as lutas operárias condicionadas pelo tempo e lugar, oscilando entre a capacidade que têm de criar novas relações sociais igualitárias e sua deformação em relações desiguais, hierárquicas, quando os partidos ou aparelhos políticos substituem os trabalhadores na direção das suas lutas.
Este ensaio de um dos mais destacados historiadores do mundo inicia-se procurando recuperar e justificar a teoria neo-romana dos cidadãos livres e dos Estados livres como ela se desenvolveu no início da Inglaterra moderna, e termina com uma poderosa defesa da natureza, propósitos e metas da história intelectual e da história das idéias.