Este é um estudo alentado sobre o ativismo internacional das organizações da sociedade civil no âmbito do comércio internacional. Investiga a ação dessas entidades durante as duas décadas em que transcorreram as negociações do Mercosul, do Nafta e, nos anos 2000, da Alca, que terminaram suspensas. Especialmente rico, o período possibilitou à autora analisar a formação, o desenvolvimento e até a extinção de laços criados entre organizações dentro e fora de fronteiras nacionais, além de acompanhar os primórdios de sua transnacionalização, a constituição de redes entre elas e a evolução de suas estratégias e de seu repertório de ações – à época das negociações da Alca tais repertórios haviam se diversificado amplamente e se institucionalizado.
Por meio de uma pesquisa de campo abrangente, que percorreu seis países (Brasil, Canadá, Chile, México, Peru e Estados Unidos), a autora faz uma abordagem continental do ativismo das organizações civis, e não de relações bilaterais ou de um só país, preenchendo uma lacuna nos estudos de relações internacionais na América Latina. O estudo também se distingue pelo perfil da investigação, que recorre às técnicas mais atuais de análise de redes e explora a interação entre duas esferas que muitas vezes são analisadas separadamente: por um lado a atuação das organizações e por outro as dinâmicas das negociações comerciais.
Laureadoem 2012 com oPrêmio Luciano Tomassini de Melhor Livro em Relações Internacionais da América Latina, a obra destina-se em especial aos que se buscam compreender melhor as políticas públicas e o papel da América Latina e da sociedade civil no jogo das relações internacionais.
Autor deste livro.
Neste importante estudo sobre a realidade política brasileira, Edilene Gasparini Fernandes nos apresenta uma análise dos discursos de posse dos presidentes brasileiros, partindo desde o momento pós-Golpe Militar, em 1964, até o último pronunciamento de Lula em 2007. São, ao todo, quatorze discursos realizados ao longo de 43 anos, que agora são extensamente destrinchados pela autora, criando uma oportunidade única para se perceber as palavras e recursos usados para persuadir o público ouvinte. Ela mostra como, surpreendentemente ou não, o teor dos discursos pouco variou com o tempo ou com as mudanças dos regimes, sendo sempre recheados de palavras de esperança e movidos por uma necessidade de agraciar as camadas mais carentes da população. Ao final do livro, estão reunidos ainda, na íntegra, cada um destes textos, aos quais Edilene Fernandes se debruçou para realizar a pesquisa
Benjamin Cohen busca neste livro reconsiderar o papel que o dinheiro representa no mundo atual, além de oferecer ao leitor, inclusive o leigo, uma nova lente através da qual ele possa enxergar as mudanças “revolucionárias” que a competição transnacional tem gerado no tradicional espaço monetário. Ele se refere à alteração da distribuição dos recursos e do poder em todo o planeta, às tensões e inseguranças cada vez maiores, à ameaça potencial à estabilidade – mas também às oportunidades promissoras de cooperação criadas pela nova geografia do dinheiro.
Vice-secretário de Defesa no governo Clinton, o autor discute os grandes desafios que aguardam os EUA neste século. Trata não só da ameaça do terrorismo, cristalizada com os atentados de 11 de setembro de 2001, mas busca estabelecer paradigmas para que a nação redefina seus interesses nacionais na presente era da informação global. São enfatizados temas como a globalização, a solução de graves problemas internos e o paradoxo nacional de conservar o atual poderio militar sem se tornar um país excessivamente militarizado.
Este livro busca analisar a quem dominantemente o progresso serve e quais os riscos e custos de natureza social, ambiental e de sobrevivência da espécie que ele está provocando; e que catástrofes futuras ele pode ocasionar. Principalmente, procura determinar quem escolhe sua direção e com que objetivos, mantendo uma perspectiva crítica em relação ao discurso hegemônico.
Uma das principais figuras do marxismo contemporâneo, o historiador inglês Perry Anderson, defende aqui a atualidade de pensar a política valendo-se da história. Sua estratégia é reunir ensaios de alguns dos mais conhecidos autores contemporânoes que abordaram tal relação. O resultado é uma coletânea com nomes como Norberto Bobbio Max Weber, Ernest Gellner, Carlo Ginsburg e Fernand Braudel.