MATRIZ E POSSIBILIDADE DE DIREITOS HUMANOS
Nesta obra, contextualizada na realidade latino-americana, Helio Gallardo parte da constatação de que um abismo separa o discurso dos direitos humanos de sua efetivação prática nas sociedades modernas para propor uma reflexão sobre o fundamento desses direitos. Para ele, sua matriz estaria na formação social moderna, única a reconhecer as capacidades subjetivas, integrais e universais do homem, e não em um discurso filosófico ou no jusnaturalismo. Assim, afirma o caráter histórico dos direitos humanos e os relaciona às reivindicações da sociedade civil, rejeitando as premissas de que seriam inatos à espécie, e justificados pela dignidade inerente à condição humana.
Nesse contexto, diz, violações básicas, como a pobreza e a exclusão, que afetam um setor significativo da população mundial, não têm sido culturalmente reconhecidas como atentados contra a humanidade. Assim como não se reconhece como delito o discurso discriminador da Igreja Católica contra as mulheres e os homossexuais.
Gallardo pontua que os direitos humanos são convencionados, produzidos pelos próprios sujeitos em sua história econômica, sexual, política e espiritual. E, como consequência, podem ser violados, revertidos e anulados por ações, institucionalizadas ou não, desde que percebidas como ilegítimas por setores significativos da população: “Construir uma cultura de direitos humanos exige, assim, um esforço político permanente, uma vez que não podem ser derivados de nenhuma condição inata ou da inércia das instituições.”
Autor deste livro.
De maneira competente e interessante, esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo clássico de F. Barth, referência fundamental para os estudos etnológicos.
Esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo de F. Barth, considerado um texto de referência para os estudos etnológicos.
Esta coletânea, sobre a atualidade do pensamento de Gramsci, reúne ensaios dos autores Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho, Ivete Simionatto, Marco Aurélio Nogueira, Marcos del Roio, José Luís Bendicho Beired, Milton Lahuerta, Alberto Aggio, José Antonio Segatto e Luiz Werneck Vianna. Organizado a partir de três eixos temáticos - a questão política, o papel dos intelectuais e América Latina e Brasil -, este livro retoma e rediscute a fertilidade e influência das idéias deste pensador no Brasil e na América Latina.
Anthony Giddens, mais uma vez, contribui, de forma ousada, para o debate contemporâneo das Ciências Humanas. Nesta nova, o autor inglês se preocupa basicamente com a definição dos rumos metodológicos da investigação científica nas Humanidades, com a reformulação da teoria crítica e com o estabelecimento de novas bases para a idéia da modernidade.