Esta obra desmonta a tese clássica segundo a qual o Brasil teria vivido uma “inaceitável estabilidade” da desigualdade. Em 14 ensaios, que abordam educação e renda, políticas públicas, demografia, mercado de trabalho e participação política, o livro demonstra que, na verdade, as desigualdades entre os brasileiros foram expressivamente reduzidas nas últimas décadas, embora o país continue entre os mais desiguais do planeta.
Marta Arretche é professora titular do Departamento de Ciência Política da USP, diretora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) e editora da Brazilian Political Science Review
Este livro é uma versão ligeiramente modificada do volume que abre o relatório final do Projeto Temático Reestruturação Econômica Mundial e Reformas Liberalizantes nos Países em Desenvolvimento, levado a cabo, com apoio da FAPESP, entre 2003 e 2007. Formulado inicialmente como um programa pessoal de trabalho de longo prazo, este livro estuda as experiências de reforma econômica nos países periféricos, em suas similitudes e diferenças, como aspectos do processo envolvente de reestruturação da economia mundial.
Elmar Altvater trata aqui das conseqüências do esgotamento dos recursos naturais pelo capitalismo contemporâneo. Ao privilegiar uma determinada estratégia energética, o capitalismo perpetua as condições de pobreza dos países do Hemisfério Sul, pois os países do Primeiro Mundo dependem daquilo que o autor chama de modelo fordista fossilista. Como forma de ultrapassar esse impasse, o livro defende a ecologização da economia e a substituição da atual base energética da produção por intermédio do paradigma da revolução solar.
A obra examina vários aspectos da conjuntura econômica internacional e nacional, com base na análise de variáveis importantes, como a relativa às transformações sintetizadas pela globalização, que se traduz em uma crescente liberalização financeira e cambial. Analisam-se também os efeitos das políticas econômicas sobre o desempenho da economia brasileira, no período recente. Como seu objetivo central é discutir questões amplas, este livro não evita o tema das comparações entre os resultados obtidos durante os governos FHC e Lula, mas procura fugir da superficialidade do debate partidário e eleitoral.
Obra clássica que apresenta uma seleção de artigos e trabalhos avulsos, de alta qualidade, da professora Alice Canabrava, uma das fundadoras da moderna Historiografia Econômica no Brasil. Relata a História Econômica do Brasil, referindo-se à grande propriedade rural, à influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar nas Antilhas no meado do Século XVII, às manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil e à grande lavoura. Aborda um esboço da História Econômica de São Paulo, considerando os níveis de riqueza na capitania de São Paulo (1765-1767), a repartição da terra na capitania (1818), as terras e escravos, as máquinas agrícolas e as chácaras paulistanas. Apresenta, também, Historiografia e Fontes importantes, como Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu, relacionando história e economia, fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo, no século XVI, bem como fontes primárias sobre o escravismo.
Os países desenvolvidos estão tentando "chutar a escada" pela qual subiram ao topo, ao impedir que os países em desenvolvimento adotem as políticas e as instituições que eles próprios usaram. Estudo novo e estimulante no qual o autor examina a pressão que o mundo desenvolvido exerce sobre os países em desenvolvimento para que adotem certas políticas e instituições hoje consideradas necessárias ao desenvolvimento econômico, mas que não foram seguidas por eles no passado.