GOVERNANÇA GLOBAL DESDE 1850
Craig N. Murphy faz aqui uma extensa investigação sobre o conceito de governança global para demonstrar que ela se impõe há mais de um século nas relações globais por meio da atuação conjunta das organizações internacionais, dos inúmeros dispositivos reguladores – formais e informais –, das ideias e questões que se impõem em nível mundial e acabam se sobrepondo às ações dos governos individualmente.
Murphy lembra que tais organizações contribuem desde o início do século 20 para a elaboração de diretrizes e agendas em diversas áreas de atenção global, como meio ambiente, direitos humanos, saúde, produção de alimentos e erradicação da fome. Mas enfatiza que sua atuação mais contundente tem sido verificada na expansão do mercado de produtos manufaturados e no controle dos ciclos de produção industrial. Baseando-se nas ideias de Gramsci, Murphy tenta demonstrar que as organizações internacionais ajudaram o capitalismo a prosperar e ao mesmo tempo fortaleceram os movimentos sociais, sugerindo também que aquelas instituições refletem um novo “keynesianismo ecológico global” e poderiam promover uma maior difusão da tecnologia, o que contribuiria para mitigar conflitos entre países ricos e pobres.
Murphy escreve: “Apesar de as organizações internacionais terem agido como parte da “superestrutura” da economia global capitalista, não foram simplesmente instituições “funcionais” para o capitalismo que, de alguma maneira, seriam resultados “inevitáveis” do próprio capitalismo. Sua história é parte da dialética entre o capitalismo e maneiras alternativas de se organizar a vida econômica e política”.
Autor deste livro.
No século XIX, em um período em que a demanda por notícias crescia no mundo, surgiam os primeiros periódicos para reunir os principais acontecimentos, e Carlos María de Bustamante foi um dos responsáveis pela inauguração desse tipo de publicação no México. Ele, que era um advogado, jornalista, político e historiador, fundou, em 1805, o Diario de México, apresentando artigos de literatura, arte e economia. Nesta obra, o autor Alexandre Budaibes mostra, então, como Bustamante via seu veículo como uma forma de propagar ideias, de incutir cultura no povo, de conscientizar a população para o momento histórico que viviam, no instante em que o vice-reino da Nova Espanha era invadido por Napoleão Bonaparte.
Coletânea de documentos sobre o mundo medieval organizados sistemática e cronologicamente a fim de estruturar um programa de história medieval. A escolha proporciona um panorama das situações socioculturais, econômicas e políticas do medievo. Os documentos são acompanhados de um aparato técnico que permite contextualizá-los.
Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a idéia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior do que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e vêem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.
Obra que apresenta a lógica e as conseqüências da Revolução Industrial. Não falta aqui a análise dos desdobramentos sociais e culturais da mais significativa mudança nos modos de produção econômica da história moderna. O estudo de Mantoux tornou-se uma referência obrigatória a todos que pretendem conhecer as múltiplas e contraditórias determinações do capitalismo.