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Em uma pesquisa ousada e original, Wander de Lara Proença traz à discussão uma das instituições mais controversas da atualidade: a Igreja Universal do Reino de Deus. Para isso ele realiza um profundo trabalho que revela a própria história da congregação, buscando entender o fenômeno religioso que ela provoca.
Este livro sobre Gilberto Freyre vê a vida e o trabalho do sociólogo como um todo, em vez de se concentrar em Casa grande e senzala. Traz, ainda, uma abordagem crítica com o reconhecimento de suas muitas qualidades e o coloca numa ampla variedade de questões culturais e políticas, sem se limitar à análise de textos. A obra destaca que Freyre via o Brasil de um ponto de vista tanto externo quanto interno. Avalia sua importância como proeminente pensador social, historiador e o mais famoso intelectual do Brasil, ou até da América Latina, no século XX. Em sua longa vida (1900-1987), assumiu vários outros papéis
Este livro é uma investigação antropológica sobre a relação dos Xikrin com os bens industrializados e mercadorias, que procura assumir um ponto de vista no qual a perspectiva dos índios ocupa a posição de figura e não de fundo. Ele tem a pretensão de mostrar que o desejo dos Xikrin pelos objetos que lhes são estrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico; ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história absolutamente (e, portanto, relativamente) indígenas. Seu objetivo é fazer uma descrição etnográfica dos "estranhos pedidos", ou seja, daquilo que vim a designar pela expressão 'consumismo xikrin' (sua grande demanda por dinheiro e bens), partindo do pressuposto de que tais pedidos não devem ser estranhos da perspectiva xikrin. O que é esse ponto de vista, que efeitos realiza na relação dos Xikrin entre si e com o nosso mundo - são as questões que propõe responder.
Compreender a complexidade cultural dos povos e culturas indígenas que habitam a Amazônia é um desafio. Esta obra, boa parte baseada em pesquisa de campo, enfoca o conflito fundiário envolvendo os Macuxi, em Roraima, no período que vai da década de 1970 à de 1990. Permite, assim, uma discussão aprofundada sobre a ação das organizações indígenas para defender seus interesses e para formular projetos étnicos.
Desde que desembarcou no Brasil, em 1930, quando ainda era um jovem professor de 27 anos, convidado da recém-fundada Universidade de São Paulo, Claude Lévi-Strauss manteve um relacionamento de admiração e inspiração intelectual com o país. Foi nesta passagem que inaugurou seus estudos sobre os povos ameríndios e colaborou com a Sociedade de Etnografia e Folclore de Mário de Andrade. Voltaria, então, só em 1985, quando reforçaria algumas das suas impressões iniciais. O próprio filósofo admite como este período foi importante na sua trajetória como pensador, e neste pequeno livro, Longe do Brasil, encontra-se na íntegra a entrevista concedida por ele em 1995, em que fala desta experiência.