Sempre houve e sempre haverá quem receie o poder ou se incomode com o poder. De uma ou outra forma, todos são magnetizados por ele. Podemos partir dos antigos filósofos gregos, passar pelas reflexões teológicas da Idade Média, freqüentar os clássicos modernos (Maquiavel, Hobbes, Kant, Rousseau, Hegel, Marx) e chegar aos contemporâneos, e iremos nos deparar com a mesma inquietação, com o mesmo interesse em entender as armadilhas, as sinuosidades, as misérias e a potência do poder. Este livro pode ser entendido como um convite para que nos interessemos pelo tema. O autor tenta seduzir o leitor a olhar o poder como assunto digno, crucial, estratégico, se possível desfazendo-se de alguns preconceitos e indo além de algumas "evidências". O plano não é convencer ninguém nem da "bondade" nem da "maldade" intrínsecas ao poder, mas sim abrir algumas clareiras para que se possa pensar o poder como um fato integrado à vida, que se insinua em nossos discursos, em nossos relacionamentos amorosos, em nossa atividade produtiva, nas lutas que travamos para ser felizes ou simplesmente para defender nossos interesses.
Autor deste livro.
Produto final de uma extensa pesquisa realizada pelo IEEI, com apoio da Fundação Ford, este livro é o resultado de um projeto, iniciado em outubro de 2004, que procurou verificar as possíveis sinergias que confeririam substância ao acordo de cooperação assinado entre Índia, Brasil e África do Sul no ano de 2003. Em vez de fazer uma análise que contemplasse as estruturas comerciais dos países, suas reivindicações no âmbito internacional e os atributos técnicos que poderiam ser trocados entre os participantes, os autores optaram por uma abordagem considerada mais apropriada: identificar os potenciais pontos de convergência e divergência a partir de uma análise dos padrões de acumulação de cada um dos países, com ênfase em seus elementos estruturantes.
Esta coletânea, sobre a atualidade do pensamento de Gramsci, reúne ensaios dos autores Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho, Ivete Simionatto, Marco Aurélio Nogueira, Marcos del Roio, José Luís Bendicho Beired, Milton Lahuerta, Alberto Aggio, José Antonio Segatto e Luiz Werneck Vianna. Organizado a partir de três eixos temáticos - a questão política, o papel dos intelectuais e América Latina e Brasil -, este livro retoma e rediscute a fertilidade e influência das idéias deste pensador no Brasil e na América Latina.
Este livro mostra como Kelsen ocupa um lugar fundamental não só no estudo de direito de Bobbio, mas também em sua teoria política. O filósofo italiano confessa que deve a ele ser um defensor da chamada concepção processual da democracia, vinculada à idéia proposta por Schumpeter de como a competição entre as elites as leva a tomarem o poder por meio de eleições livres. Formulada pelo jurista austro-norte-americano Hans Kelsen, a idéia de Teoria Pura do Direito, que exclui do Direito quaisquer referências estranhas, especialmente aquelas de cunho sociológico e axiológico (os valores), consideradas áreas de estudo da Sociologia e da Filosofia, é discutida neste livro pelo historiador do pensamento político Norberto Bobbio (1909-2004).
Em Petróleo e Poder -- O Envolvimento Militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, Igor Fuser se debruça sobre a dimensão energética, numa abordagem que foge de tentações conjunturalistas animadas pela forte visibilidade do tema. Num percurso que incorpora a perspectiva histórica, o debate teórico e o processo que conduz ao intervencionismo nessa região, o autor nos apresenta uma análise extremamente elucidativa dos significados econômicos e estratégicos do petróleo na política externa estadunidense, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o país assume explicitamente a posição de grande potência.
Este livro apresenta uma análise da dimensão política da organização do processo de trabalho da Estrada de Ferro Sorocabana, num período caracterizado pela introdução de práticas racionais e científicas, em sua estrutura técnica e administrativa. A preocupação em recuperar as experiências vividas cotidianamente pelos ferroviários, em suas relações sociais no espaço do trabalho, vinculou-se à hipótese sobre a existência de uma luta política no cotidiano do processo produtivo